O tráfico de pessoas é um dos crimes
mais hediondos da atualidade. Dia 30 de julho, Dia Mundial de Enfrentamento ao
Tráfico de Pessoas, instituído pela Assembleia Geral da ONU – proposta para
aprofundar a reflexão e intensificar a ação no enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas, retomemos a afirmação do Papa Francisco, ao dirigir-se à Conferência
Internacional de Juízes e Magistrados contra o Tráfico de Pessoas e o crime
organizado. Na ocasião, Francisco sublinhou que o tráfico de pessoas, o
contrabando de migrantes e outras novas formas de escravidão, tais como o
trabalho escravo, a exploração sexual, o tráfico de órgãos, o comércio da
droga e a criminalidade organizada, são crimes de lesa humanidade que devem ser
reconhecidos como tais por todos os líderes políticos, religiosos e sociais e
previstos nas legislações nacionais e internacionais (Rádio Vaticano,
3jun2016).
A crescente consciência de direito a
dignidade de cada ser humano contrasta com uma realidade em que milhares de
pessoas são mercantilizadas e escravizadas mediante falsas promessas, enganos,
dívidas e outras formas de chantagens. Por causa disso, governos, organizações
internacionais e a sociedade civil pautam a luta contra o tráfico de pessoas
como uma das prioridades na defesa dos diretos humanos, em nível nacional e
internacional. Ninguém pode se eximir da responsabilidade de identificar,
denunciar e combater este mal que corrói a sociedade e que degrada
vergonhosamente a conduta humana e a sociedade.
“Apelamos à consciência de uma
humanidade que busque em Deus um motivo de esperança, e na misericórdia de Deus
também a possibilidade de constituir redes e perdão, porque há também que
considerar isto: há vítimas e há agentes criminosos e é preciso alcançar a
reconciliação entre todos. Unida ao Papa Francisco, a Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil, roga a Maria, Mãe da Misericórdia, que ilumine a todos
aqueles e aquelas que nos escutam e que nos ajude a realizar redes de
libertam”. Palavras do Papa Francisco.
Em comunhão com todas as Redes na defesa da vida e
das vulnerabilidades de mulheres e crianças traficadas, a Rede Um Grito pela
Vida reitera neste dia 30 de julho, o seu compromisso no enfrentamento desta
realidade criminosa que ceifa a vida e os sonhos de milhares de pessoas em todo
o planeta.