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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Feliz Ano Novo!

Concluímos o desafiador ano de 2021 com muita gratidão pela missão realizada. A cada pessoa que nos ajudou nesse trabalho, sendo Rede Um Grito Pela Vida, o nosso agradecimento. Renovamos nosso SIM à missão de defender e promover a vida em 2022. Vamos juntas, juntos!



domingo, 19 de dezembro de 2021

Coordenações e referenciais da Rede Um Grito Pela Vida participam de encontro


A Equipe de Coordenação e Referenciais Regionais da Rede “Um Grito pela Vida,” realizaram de 14 a 16 de dezembro, em Cabedelo, na Paraíba, na Casa de Encontros “Ir. Stella” (Irmãs da Sagrada Família), o primeiro e frutuoso encontro presencial, com todos os cuidados que o momento ainda exige, para vivências fraternas, avaliação e planejamento para 2022.

Esteve conosco, dinamizando as vivências do grupo, Ir. Clotilde – Apostolinas, da Coordenação CRB de São Paulo. Também contamos com a valiosa presença de Ir. Maria Luiza, representante da Rede pela CRB Nacional e da Irmã Fátima que somaram conosco nesses dias. Nossa gratidão às três pelo apoio, presença e ajuda. Foram momentos de reflexões, partilhas, enriquecimento mútuo, nas relações pessoais e como Rede que não acontecia desde 2019. 

Agradecemos a todas/os, que contribuíram na concretização destes momentos: à Coordenação Nacional, Ir. Valmí e equipe, pela idealização deste encontro, à organização nacional da CRB pelo apoio financeiro que nos possibilitou chegar até esse lugar abençoado, à equipe local por toda logística do encontro, hospedagem, transporte e hospitalidade. Às Irmãs da casa pela fraterna acolhida e cuidado, enfim a todas/os que de uma forma ou de outra facilitaram esses momentos de sorroridade. Gratidão!

Certamente sairemos daqui mais animadas e fortalecidas para continuar nosso compromisso em favor da vida lá, onde ela se encontra mais ameaçada. 

Um abençoado e Santo Natal 2021 e bons inicios de um “Ano Novo” 2022, com esperanças renovadas para todos.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

CNBB: Manifestação a respeito de reportagem veiculada sobre tráfico de pessoas


A Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, divulga nota sobre megaoperação internacional relacionada aos esquemas criminosos do tráfico de pessoas e naturalização e subnotificação do casamento infantil.

A Rede Um Grito Pela Vida também assina a nota. Denuncie. Disque 100. Leia :


Brasília, 15 de dezembro de 2021.
CEPETH – Nº. 0390/21

MANIFESTAÇÃO A RESPEITO DE REPORTAGEM
VEICULADA SOBRE TRÁFICO DE PESSOAS

Manifestação a respeito de reportagem veiculada sobre tráfico de pessoas

“Não tenhais medo: vós valeis mais do que muitos pardais” (Mt 10,31)

No último domingo, dia 12, foi apresentada uma reportagem no Fantástico, programa da TV Globo, sobre a megaoperação internacional que descobriu um novo esquema para entrar ilegalmente nos EUA: “as famílias de mentira”. Este esquema está a serviço do tráfico de pessoas, e só neste ano, movimentou R$ 8 bilhões no Brasil, segundo a estimativa da Polícia Federal.

A Comissão Episcopal Pastoral Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), vê com preocupação e indignação as realidades de exploração associadas ao tráfico de pessoas no Brasil e no mundo. Os criminosos assumem estratégias cada vez mais ousadas para burlar as leis, manipulando os laços afetivos e transformando pessoas em mercadoria. Dentre essas estratégias criam-se “famílias de mentira” para possibilitar a entrada ilegal de imigrantes nos Estados Unidos e por consequência em outros países. O chamado "Rei dos Coiotes", que faz parte de uma quadrilha internacional e o esquema para criação dessas famílias, deflagra outras questões estruturais como a violação e exploração de crianças e adolescentes, mulheres e trabalhadores, atingindo especialmente as cidades próximas às fronteiras.

Ainda dentro desta triste e abominável realidade de exploração e violência contra seres humanos, outra notícia tem sido visibilizada nesta semana: “naturalização e subnotificação do casamento infantil (menores de 18 anos), formal ou informal”. Em mais de 94% dos casos, as meninas são as vítimas. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2019, 80.829 meninas de até 19 anos se casaram oficialmente no Brasil, 169 delas tinham menos de 15 anos de idade. A união precoce somada às vulnerabilidades sociais de raça e de gênero geram mais violências às pessoas já fragilizadas econômica e socialmente, e colocam em risco a dignidade das meninas, com potencial para se tornarem vítimas de tráfico humano.

Diante dessa conjuntura violenta, reconhecemos e valorizamos o trabalho dos órgãos de fiscalização e denuncia, como a Polícia Federal e da imprensa. E exigimos do Estado Brasileiro uma maior atuação na responsabilização dos agentes destes crimes, na implantação das políticas públicas, celeridade nos canais responsáveis pelo cumprimento da legislação e medidas de proteção aos migrantes e refugiados e às vítimas do tráfico de pessoas.

Conclamamos todas as pessoas comprometidas com a dignidade humana, para não fecharem os olhos e os ouvidos diante dessas situações. Colaborem e apoiem as iniciativas de enfrentamento ao tráfico de pessoas. Onde você identificar situações suspeitas de serem criminosas e associadas ao tráfico de pessoas, não se omita, busque apoio e formas de denúncias nos âmbitos locais e nacionais. Denuncie! Disque 100.

Dom Evaristo Pascoal Spengler
Bispo de Marajó/PA
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano

Dom Adilson Pedro Busin
Bispo Auxiliar de Porto Alegre/RS

Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira
Bispo de Itacoatiara/AM

Dom José Luiz Salles
Bispo de Pesqueira/PE

Assessores da Comissão:

Frei Olavio Dotto
Francisco Alan Santos Lima
Irmã Claudina Scapini
Irmã Eurides Alves de Oliveira
Irmã Maria Bernadete Macarini, 
Irmã Marie Henriqueta Cavalcante
Irmã Roseli Bertoldo
Graziella Rocha

Alessandra Miranda

Núcleo de Curitiba/PR promove primeiro encontro presencial


Aconteceu na segunda-feira, 06 de dezembro, o primeiro encontro do Núcleo de Curitiba da Rede Um Grito Pela Vida. Esta foi a primeira reunião presencial após a suspensão dos encontros  por conta da pandemia.

Os/as membros tiveram um rico momento de espiritualidade, organizado pela Ir. Eliana, e, logo após, puderam partilhar sobre suas atividades a favor da vida em tempos de pandemia.

Estiveram presentes os religiosos membros da Rede em Curitiba, Ir. Marfiza, Ir. Bernadete, Ir. Eliane, Ir. Eliana e Frei Luiz. Entre os parceiros, a Sra. Rosilei representante da APAE e a Sra. Elisete, da Pastoral do Migrante. Fizeram-se também presentes os representantes da Secretaria de Justiça do Estado do Paraná, a Dra. Silvia, do NETP/PR, e o diretor do Departamento de Justiça e Direito Humanos, Sr. Silvio Jardim e a sua vice, Maria Eduarda. 

A Dra. Silvia trouxe para conhecer a Rede de Curitiba a representante da Organização Internacional para as Migrações (OIM), a Sra. Sávia Cordeiro, que partilhou também de suas experiências.

Frei Luiz, devido a sua transferência, por motivo de trabalho em São Paulo, em 2022, prestou contas da contabilidade da Rede e a entregou a Ir. Marfiza, referencial para a Região Sul, alguns materiais úteis para as mobilizações nos espaços públicos no próximo ano.

O encontro encerrou-se com um delicioso almoço servido na Comunidade religiosa das Irmãs da Divina Providência.


 

domingo, 12 de dezembro de 2021

Encontro Rede Clamor Brasil: Pensar juntos os próximos passos de uma Rede que ganha força

“Um passo importante para a consolidação da nossa Rede Clamor no Brasil”. Assim define o padre Agnaldo Junior, SJ, o encontro da Rede Clamor Brasil acontecido em São Paulo de 7 e 9 de dezembro de 2021. A Rede Um Grito Pela Vida participou do evento.

O encontro começou com uma troca de experiências com a Comissão de Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), momento para partilhar o planejamento estratégico da Comissão para os próximos dois anos e apresentar o que é a Rede Clamor e os passos que está dando no Brasil, buscando como caminhar juntos, dados os objetivos comuns que fazem referência à migração, refugio e enfrentamento ao tráfico humano. O padre Agnaldo Junior considerou este primeiro momento como algo importante, de conhecimento mutuo e busca para 2022 iniciativas comuns.

Após um momento de mística, a análise de conjuntura, desenvolvida pelo padre Alfredinho Gonçalves, no dia 8, foi oportunidade para apresentar quatro cenários que tem a ver com os desafios enfrentados no dia a dia na missão que a Rede Clamor Brasil desenvolve. A dimensão econômica e tudo o que gira em torno do capital financeiro; a dimensão social, com a situação crítica que hoje vive o Brasil, com grande crescimento da desigualdade social e da fome; a dimensão política, a Covid, o negacionismo, que tem impactado na perda de vida e gerado um abismo relacional entre famílias, amigos, impossibilitando falar de política; e a dimensão religiosa, marcada pelo profetismo do Papa Francisco, a única voz líder no mundo, mas que nem sempre é seguido na prática.

Os passos dados pela Rede Clamor no Brasil foram apresentados pela irmã Rosita Milesi, um caminho que surgiu em 2019 e que foi abordado em vista das estratégias e planejamento para 2022. No encontro também foi apresentado o vivido em referência com a migração forçada na Assembleia Eclesial da América Latina e o Caribe. A professora Márcia Oliveira refletiu sobre os desafios que fazem referência à temática da migração apresentados na Assembleia. Junto com isso foi abordado o Estatuto da Rede Clamor Latino-américa e Caribe, que está sendo elaborado.

O encontro teve um momento de partilha com a Rede Clamor local de São Paulo, que deu a conhecer o trabalho que as diferentes realidades que fazem parte da Rede realizam em diferentes âmbitos e locais da capital paulista, mostrando, segundo o padre Agnaldo Junior, “como na cidade onde estamos várias organizações atuando, é possível sentarmos à mesma mesa, nos conhecermos e também avançar juntos em temas de incidência, em temas de vazios de proteção, em temas de não invisibilizar os outros”.

O planejamento estratégico foi o trabalho do último dia do encontro, “levantando ideias, iniciativas, atividades e ações que podemos realizar no próximo ano como Rede Clamor”, segundo o padre Agnaldo. Após recolher as reflexões surgidas no encontro foi momento para elaborar um calendário e propostas de atuação para 2022.

O jesuíta ressalta que “concluímos o encontro com a sensação bastante positiva de termos superado as adversidades para fazer esse encontro de forma presencial, o que nos possibilitou um diálogo, um nos conhecermos pessoalmente, e também pensar juntos os próximos passos da Rede Clamor no Brasil”. Com o encontro, “a Rede ganha mais força”, insiste, em vista da dar seguimento à caminhada da Rede.



Por: Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Dia internacional dos Direitos Humanos

 "Negar os direitos humanos às pessoas é desafiar sua própria humanidade" Nelson Mandela


quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Comissão de Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB aposta na formação como prioridade de ação


Depois da parada forçada pela pandemia, a Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano(CEPETH), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), retomou os trabalhos com foco no planejamento das ações para 2022 – 2023.

Em reunião realizada nos dias 06 e 07 de dezembro, em São Paulo, os/as integrantes da comissão – bispos, padres, religiosas, leigos e leigas, estudaram, debateram e planejaram as ações. A Rede Um Grito Pela Vida marcou presença com a participação da Irmãs Maria Bernardete Macarini, integrante da coordenação nacional da RUGPV, Irmã Eurides Alves de Oliveira, núcleo de São Paulo-SP e a Irm Roselei Bertoldo, do Núcleo de Manaus. 

A conjuntura brasileira e mundial, que já não era fácil, ficou ainda mais desafiante com o agravamento das vulnerabilidades sociais na pandemia. Tal acontecimento condenou os empobrecidos à miséria e à fome. E essa é uma das causas que favorece essa modalidade de crime. No encontro, a CEPETH identificou novas modalidades de assédio às vítimas.

Segundo a Irmã Eurides Alves de Oliveira, uma das preocupações é com o mundo virtual. Os aliciadores encontraram nesse meio novas formas de encontrar vítimas em potencial. Dados estudados revelam um crescimento assustador:

“A dimensão das virtualidades, como mecanismo de gerenciamento e de sustentação das redes do crime, é algo que nos desafia. Esse é um dado novo no caminho da comissão que a gente sente que precisa agregar nos nossos processos formativos”, disse.

A Comissão constata ainda um ritmo acelerado de casos de tráfico humano para fins de exploração sexual, trabalho escravo, servidão doméstica.

Irmã Eurides destaca ainda que o foco da Comissão é abrir espaço para a formação de multiplicadores

“Conversamos sobre a importância do trabalho em rede e a necessidade de nos articular rede nacional, continental e internacional e o nosso programa de caminhada 2022-2023 será um processo amplo de formação de base, a partir regionais, das dioceses, das prelazias, das organizações que atuam ou que são sensíveis a essa causa”, disse.

Junto com isso serão elaboradas estratégias de comunicação para incidência social e formação, assim como momentos nacionais de diálogos com o poder público e canais de denúncias e processos de formação com adolescentes e jovens.

Segundo dom Evaristo Spengler, “a luta pelo direito à vida é a liberdade de todos os seres humanos não é tarefa de alguns escolhidos, mas uma exigência do Evangelho para todos os que creem em Cristo”. Para o bispo da Prelazia do Marajó e presidente da Comissão, “essa Comissão junta-se ao sonho do Papa Francisco de que toda a Igreja, desde os cardeais, passando pelos bispos, padres, religiosos e religiosas, leigos e leigas, até o mais anônimo entre os fiéis, assuma a luta contra esse pecado que brada aos céus – a transformação de corpos em mercadoria para produzir lucro – que é o tráfico humano”.

Por: Magnus Regis, Com informações Vatican News