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sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo


Informar para prevenir. Essa é a ação que a rede Um Grito Pela Vida – Núcleo de Salvado (BA), utilizar para somar com as atividades do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O conteúdo abaixo é para ser replicado nas redes socais. 

Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

Em 28 de janeiro é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. A data foi instituída em homenagem aos auditores Eratóstenes de Almeida Gonsalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva e ao motorista Aílton Pereira de Oliveira. Eles foram mortos no dia 28 de janeiro de 2004, quando investigavam denúncias de trabalho escravo em fazendas na cidade mineira de Unaí, o episódio que ficou conhecido como a chacina de Unaí. 

O QUE TRABALHO ESCRAVO?

É quando o trabalhador não consegue se desligar do patrão por fraude ou violência, quando é forçado a trabalhar contra sua vontade, quando é sujeito a condições desumanas de trabalho ou é obrigado a trabalhar tão intensamente que seu corpo não agüenta e sua vida pode ser colocada em risco. Trabalho escravo não é apenas desrespeito a leis trabalhistas ou problemas leves. É grave violação aos direitos humanos.

Fonte: Repórter Brasil

Rede Um Grito Pela Vida subscreve nota da CNBB do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo


O Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo é celebrado, no Brasil, em 28 de janeiro. A data, que é conhecida como o dia “D” de combate ao trabalho escravo, recorda os assassinatos de três auditores fiscais do trabalho e o motorista, ocorridos em janeiro de 2004, durante a fiscalização de propriedades rurais da região de Unaí (MG).

Por meio de uma nota conjunta, a Comissão Especial de Enfrentamento ao Tráfico Humano da CNBB, a Comissão para a Ação Sociotransformadora e a Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgaram um apelo para que todos os cristãos e pessoas de boa vontade façam do dia 28 de janeiro um marco de luta contra a escravidão contemporânea. A nota é ainda subscrita por outras 103 entidades, entre elas, a Rede Um Grito Pela Vida.


Leia íntegra:


DIA NACIONAL DE COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO

28 de Janeiro

“Ai daquele que constrói o seu palácio usando de corrupção e meios ilícitos; que força seu próximo a trabalhar sem qualquer retribuição, tampouco lhe paga o salário” – Jeremias 22,13.

28 de janeiro faz-se memória no Brasil como o dia “D” de combate ao trabalho escravo. A data lembra os assassinatos de três auditores fiscais do trabalho e o motorista, ocorridos em janeiro de 2004, durante a fiscalização de propriedades rurais da região de Unaí (MG). De 1995 até hoje, cerca de 60 mil pessoas foram resgatadas da escravidão no Brasil. Segundo os últimos dados publicados pelo Ministério do Trabalho, o ano de 2022 encerrou com o número de 2.575 pessoas resgatadas. Esse número representa um recorde absoluto em relação aos números de resgate contabilizados nos últimos nove anos.

Nos dias de hoje, a escravidão se apresenta de várias formas, seja pela imposição de jornada exaustiva, ou condições degradantes, ou pela servidão por dívidas ou pelo trabalho forçado. A sociedade tem a responsabilidade de exigir uma economia que preze pela dignidade humana acima da ganância e isto implica, entre outras coisas, acabar com a prática do trabalho escravo ainda persistente em vários ramos de atividade, tais como a agropecuária, grandes lavouras, construção civil, confecções, carvoarias, mineração, os serviços hoteleiros ou o trabalho doméstico.

A exploração do ser humano através do trabalho escravo é uma gravíssima violação dos direitos da pessoa humana, negando sua dignidade e especialmente o direito a um trabalho decente, muitas vezes em contexto de grave discriminação e abuso de vulnerabilidade. Na dimensão constitutiva do ser humano, o trabalho nunca deveria se tornar no oposto: uma oportunidade para violar a dignidade da pessoa. Mais uma vez, como Igreja comprometida com a vida dos trabalhadores e trabalhadoras, levantamos nossa voz dizendo não ao trabalho escravo contemporâneo, reafirmando o direito inviolável do trabalho digno para todos e todas. E interpelamos a todos os cristãos e pessoas de boa vontade a fazerem deste dia um marco de luta contra esta forma de escravidão contemporânea.

Reivindicamos que o Estado brasileiro intensifique seu compromisso histórico com políticas efetivas que possam inibir o crime de trabalho escravo. Reiteramos o apelo para que se esmere na proteção e apoio aos que lutam pelo fim do trabalho escravo, sejam agentes públicos ou membros da sociedade civil. Um fator a ser especialmente considerado é o gravíssimo declínio dos orçamentos e do quadro da auditoria fiscal do trabalho (faltando mais de 45% do efetivo autorizado em lei), em consequência da ausência de concurso público desde 2013. A garantia de vida digna às pessoas libertadas deve também requerer toda a atenção necessária, e resultar na implementação de políticas adequadas.

O Papa Francisco apela para que cada um de nós “abra os seus olhos, veja a miséria daqueles e daquelas que foram completamente privados de sua dignidade e de sua liberdade, e escute o seu clamor por ajuda”. Se 60 mil pessoas já foram resgatadas, quantas ainda não foram? Abramos o olho!

Que Nossa Senhora Aparecida e Santa Josefina Bakhita, padroeira das pessoas que vivem ainda hoje escravidões, possam continuar animando nossa luta contra todas as formas de escravidão.

Comissão Episcopal Especial Pastoral para o Enfrentamento ao Tráfico Humano, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB

Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora, da Conferência Nacional dos Bispos do BrasilCNBB

Rede Um Grito Pela Vida

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Porto Alegre celebrará o Dia de Oração contra o Tráfico de Pessoas é celebrado em Porto Alegre


O Núcleo de Porto Alegre (RS) da Rede Um Grito Pela Vida, convida para a Celebração Eucarística da Memória Litúrgica de Santa Josefina Bakhita e 9º Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas.

A Missa será celebrada no dia 08 de fevereiro, às 16h, no Santuário Nossa Senhora do Rosário, centro da capital gaúcha. Dom Adilson Busin,cs, bispo auxiliar de Porto Alegre presidirá a celebração.

“Caminhando pela dignidade” – este é o tema escolhido para o evento em 2023. A iniciativa é da Talitha Kum, rede internacional da Vida Religiosa Consagrada, da União Internacional das Superioras Gerais, a UISG.

O objetivo é o de rezar, conscientizar e pedir políticas públicas para a erradicação desse crime que o Papa Francisco classifica como “fenômeno global” e “chaga vergonhosa”.