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segunda-feira, 4 de março de 2013

Rede “Um Grito pela Vida” integra o GT de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo organizado pela CNBB



por ir. Eurides Alves de Oliveira, ICM

O combate ao Trabalho Escravo e ao Tráfico de Pessoas
está contemplado de forma oficial, assumido definitivamente
pela Igreja no Brasil, CNBB, nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora
da Igreja no Brasil 2011-2015, (nº 107 e 111):
O serviço à vida começa pelo respeito à dignidade da pessoa humana...
Atenção especial merecem também os migrantes forçados
pela busca de trabalho e moradia... as vítimas do Tráfico de pessoas”.

A crueldade do escândalo do Tráfico de pessoas e do trabalho escravo exige uma opção pastoral decidida e inegociável. Sua presença dolorosa e perturbadora é sacramento da presença de Deus clamando por libertação.
Irmã Eurides Alves de Oliveira, ICM, participou pela Coordenação da Rede “Um Grito pela Vida” da reunião do GT de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, nos dias 23 e 24 de fevereiro, na Sede da Cáritas Brasileira, em Brasília.
A reunião contou com a presença e participação de Dom Enemésio Lazzaris, Bispo referencial do Mutirão Pastoral de Combate ao Trabalho Escravo, com representantes da rede “Um Grito pela Vida”, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Setor de Mobilidade Humana, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), da Caritas Internacional no Brasil (CRS) e a contribuição da Organização Internacional do Trabalho (OIT), através da exposição do Dr. Luis Machado sobre definições, conceitos e convenções internacionais, voltados para o enfrentamento ao trabalho forçado e ao tráfico.
A Reunião consistiu na avaliação da trajetória dos Gts, em vista de uma integração dos mesmos; reflexão sobre a complexa e desafiante problemática do Tráfico de Pessoas, de Migrantes e Trabalho Escravo, buscando compreender a interlocução dos mesmos entre si - pontos comuns e especificidades. E a construção de uma agenda comum.
Numa reflexão conjunta, constatamos mais uma vez a urgência de unirmos forças e atuarmos de forma mais incisiva no enfrentamento desta hedionda realidade que violenta, rouba e extermina a vida e a dignidade de homens, mulheres, jovens e crianças por meio da migração forçada, tráfico de pessoas e trabalho escravo.
Com esta convicção e compromisso deliberamos:
  1. A união dos dois Grupos de Trabalho, com o nome GT de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo;
  2. Unir forças na Sensibilização da Igreja e sociedade para a realização da CF/2014 sobre este tema;
  3. Mapear os espaços, organizações e atividades de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e ao Trabalho Escravo, no País, a fim de ampliar a articulação e monitoramento dos processos;
  4. Continuar investindo na divulgação e socialização de informações, buscando dar visibilidade interna e externa a esta realidade tão presente, mas reclusa aos olhos da Igreja e da sociedade;
  5. Continuar investindo na Prevenção e Formação de multiplicadores/as;
  6. Aprofundar as questões ligadas ao Tráfico de Pessoas, de Migrantes e Trabalho Escravo e as questões inter relacionadas;
  7. Pensar um instrumental para registro dos casos de Tráfico de Pessoas para poder fazer as denúncias e dar visibilidade aos fatos;
  8. Continuar atuando na perspectiva de incidência política, cumprimento da legislação, políticas públicas e responsabilização dos culpados;
Concluiu-se a reunião com a esperança de que a união dos GTs e a agenda comum que construímos nos permitirá avançarmos na luta pela erradicação do Tráfico de Pessoas e do Trabalho Escravo, pois assumimos este compromisso como uma resposta ao seguimento de Jesus, que neste tempo da quaresma, nos convida a assumir a CRUZ como caminho de solidariedade com os crucificados da história, entre os quais se encontram as milhões de vítimas do Tráfico Humano e do Trabalho Escravo.
“Erradicar o Tráfico de pessoas é nosso Compromisso”. Junte-se a nós!
Some na campanha de assinaturas em prol da CF 2014, sobre o Tráfico de pessoas e o Trabalho Escravo!

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