Pelo mundo, estádios de futebol registram violência e discriminação, dentro e fora de campo. Negros, mulheres e a torcida em geral convivem com situações que não se coadunam com elementos essenciais do esporte: convívio pacífico, disputa salutar e leal, celebração da vida e da diversidade.
Temos a melhor jogadora do mundo, uma seleção feminina de destaque internacional, mas, conforme a CBF, nenhuma árbitra atua no RS. Tatiane Freitas é a única entre os 12 cargos de assistente. No Brasil, apenas nove árbitras e menos de 50 assistentes.
Mesmo com o reconhecimento de atletas e aumento da participação feminina no futebol, com torcedoras, técnicas e dirigentes que provam competência e conhecimento, tanto quanto homens, para nós o futebol ainda é lugar de enfrentamento. Nossa representação, muitas vezes, tem conotação sexual, erótica e de coadjuvante. O sexismo é uma barreira a ser superada.
Futebol não é somente para homens e brancos. A Copa pode e deve servir para vencermos o preconceito e a opressão. É essa a imagem que queremos em torno da paixão brasileira.
Durante o Mundial, continuamos na pauta do governo. Com a divulgação do Telefone Lilás 0800 541 0803 em ônibus, táxis e outdoors, orientaremos todas as mulheres sobre os serviços de atendimento contra a violência de gênero. O Centro Integrado de Comando e Controle também terá atendimento específico através do 190.
Na Copa, vamos fortalecer a participação feminina no futebol. Com a Secretaria de Esporte, teremos exposições fotográficas que retratam a mulher no futebol, a 1ª Copa RS de Futebol Feminino, e curso de árbitras e mesárias.
Vamos reforçar o coro da torcida pelo Hexa e também aproveitar este momento tão significativo do esporte mundial para gritar alto: lugar de mulher é onde ela quiser, inclusive no futebol e na Copa! A Copa pode e deve servir para vencermos o preconceito e a opressão
Secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Ariane Leitão
Fonte: http://bit.ly/SNUtg2
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