O Tráfico de Pessoas é a ação de captar, transportar, trasladar, acolher
ou receber pessoas, recorrendo à ameaça ou ao uso da força ou outras formas de
coerção, ao sequestro, à fraude, ao engano, ao abuso de poder ou de uma
situação de vulnerabilidade ou à concessão ou recebimento de pagamentos ou
benefícios para obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre
outra com fins de exploração que inclui, mas não se limitam, à exploração da
prostituição, da prostituição alheia ou outras formas de exploração sexual, os
trabalhos forçados, a escravidão ou suas práticas análogas, a escravidão ou a
extração de órgãos. (ONU: Oficina contra a Droga e o Crime).
Introdução
PRIMEIRA PORTA: O beijo traidor
Getsêmani literalmente significa “prensa de óleo”. É possível que o simbolismo do nome deste lugar tenha muito que ver com o fato que Jesus foi ungido e fortalecido para enfrentar esta etapa de sua missão.
Getsêmani é um lugar onde se entra em contato com a natureza, um refúgio de tranquilidade, um lugar para reunir-se com os amigos e familiares, onde as imaginações fluem e os sonhos são criados. Hoje, para nós, assim como para Jesus quando ali foi orar, este jardim se converte num lugar de TRAIÇÃO.
Ao entrar neste jardim de árvores, portas e janelas, você vai caminhar junto às vítimas do tráfico humano, junto a pessoas que sobreviveram, e junto aquelas e aqueles que trabalham para que outras e outros também possam sobreviver. Jesus caminha com cada uma dessas pessoas, e aqui neste Getsêmani, faz um convite a você para ser ungida e ungido a fim de unir-se aos esforços de carregar a cruz do Calvário à Ressurreição.
As pessoas que caem nas
armadilhas do Tráfico Humano, não o fazem por escolha pessoal. A verdade é que
o tráfico de pessoas é uma escravidão moderna. Os convites enganadores e os
sequestros flagrantes que acontecem, conduzem a um caminho de dor – a uma
trilha que inicia com o beijo de um traidor.
Venderam-me por um fim de
semana, enganada e zombada. 30 moedas de prata foi meu preço. Ainda hoje se
pode comprar a vida inocente de uma pessoa.
Então, um dos Doze, chamado Judas Iscariotes,
dirigiu-se aos chefes dos sacerdotes e lhes perguntou: "O que me darão se eu o entregar a vocês? " E eles
lhe fixaram o preço: trinta moedas de prata. Desse momento em diante Judas
passou a procurar uma oportunidade para entregá-lo. E o que o traía tinha-lhes
dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é esse; prendei-o. (Mt. 26,14-16;48).
As pessoas caem em situações do tráfico humano à força.
Nunca é uma escolha. A porta que atravessam é bela e atrativa, seduzindo-lhes
com promessas de emprego, êxito financeiro e muitos outros sonhos mas, somente
para descobrir que atrás dessa porta existem cadeados que não permitem saída.
As promessas falsas de
fortuna e sucesso, de enviar remessas de dinheiro aos pais no país de origem, o
pensamento sedutor de “serei modelo e minha família vai a ficar orgulhosa de
mim” são algumas das muitas armadilhas e confusões.
1.
Condenado à morte: “Quando amanheceu, todos os chefes dos
sacerdotes e os anciãos dos judeus puseram-se de acordo num plano para matar a
Jesus. Levaram-no amarrado e o entregaram a Pilatos, o governador romano.
Quando Pilatos viu que não conseguia nada, mas os gritos do povo eram cada vez
maiores, mandou trazer água e lavou as mãos diante de todos, dizendo: - Eu não
sou responsável da morte deste homem; é coisa de vocês. Todos responderam: Nós
e nossos filhos nos fazemos responsáveis de sua morte! Então, Pilatos deixou
livre a Barrabás: depois mandou açoitar Jesus e o entregou para que o
crucificassem”. (Mt 27, 1-2;24-26)
Quando era jovem, Ana tinha um trabalho no
centro comercial de Westfield. Um dia entrou uma mulher muito elegante e
começaram a conversar. Em poucos minutos, ela lhe ofereceu um trabalho com um
salário melhor. Convidou-a para almoçar a fim de “conversar” sobre os detalhes.
Ana aceitou e novamente se viram durante seu intervalo. A oferta foi fascinante
e atrativa: um melhor trabalho com um bom salário! Lamentavelmente essa oferta
resultou ver-se obrigada a ser uma escrava sexual em Las Vegas, NV. Graças a
Deus, Ana escapou depois de três semanas. Escondeu-se em um closet por três
dias com muito medo de que fosse descoberta.
2.
Obrigado a carregar a cruz: As
vítimas são arrancadas de suas famílias e afastadas de suas amizades. Essa
falta de apoio vital deixa-as completamente dependendo de quem as enganam, os
mesmos que lhe tinham privado desse apoio vital. Sua escravidão cria um estado
de solidão absoluta por meio de trabalhos forçados, prostituição e outras
formas de escravidão e exploração. Com frequência as vítimas são drogadas;
recebem ameaças de prejudicarem a familiares ou amigos; e muitas vezes tiram-lhes
documentos importantes de identificação como passaportes e outros pertences
pessoais.
Kristen, jovem universitária do primeiro
ano e longe de casa pela primeira vez. Querendo fazer novas amizades, aceitou um
convite para uma festa de outra estudante de um nível superior. No caminho
tomou uma bebida que havia sido alterada com droga. Nesse fim de semana,
Kristen foi vendida num hotel onde lhe bateram, a violentaram e a suposta
“amiga” ganhou muito dinheiro por vendê-la.
E quem raptar uma pessoa, e
vendê-la, ou for achada em seu poder, será condenado à morte. (Ex. 21,16).
3.
Jesus cai pela primeira vez: Parte do desequilíbrio psicológico causado pelo tráfico
humano consiste em que as vítimas costumam desenvolver uma lealdade doentia
para com aquelas pessoas que as abusam e as controlam; caem numa armadilha de submissão.
ALGUMAS REALIDADES:
- · Nossa infância está sendo devorada pelo tráfico humano inclusive diante dos nossos olhos e em nossas próprias comunidades.
- · Muito cedo, inclusive desde os 10 anos, meninos e meninas são treinados a para converter-se em exploradores.
- · Adolescentes, desde os 16 anos, já estão vendendo outros jovens de sua mesma idade.
Mas a nossa juventude já está
se convertendo em exploradora. É relatado que em gangues, as meninas jovens que
ainda nem alcançaram a idade adulta legal são preparadas para recrutar a outras
jovens para explorá-las. Em alguns momentos, as gangues vendiam drogas na
escola. Agora, essa atividade criminosa mudou pela venda de outros jovens,
ganhando mais dinheiro. São muitas as gangues que usam seus membros femininos
para que recrutem suas próprias amigas (a quem vulgarmente é denominada como a
puta inferior).
“Depois
de violar e ameaçar de morte suas vítimas que tentavam fugir, os membros das gangues
venderam-nas por meio da internet. As jovens estiveram raptadas num hotel por
doze horas diárias, enquanto alguns homens, que haviam pago a tarifa indicada,
usavam-nas sexualmente. Mesmo que houvesse ganho entre 1.000 a 3.000 dólares
por dia, vendendo sexualmente a estas meninas, elas nunca viram nem um centavo
desse dinheiro”. Refere-se ao Witherspoon Institute, Public Discourse Laura
Ledres).
Os inimigos estão em andamento, conspirando e
planejando a sorte de suas vítimas. Não há forma de comunicar-se com os entes
queridos. O poder psicológico, físico e espiritual que os traficantes exercem
sobre suas vítimas, lhes rouba todo sentido de sua própria humanidade.
4. Jesus encontra a sua Mãe: Uma jovem sonha em voltar a ver sua mãe, sabendo que ela
recorda dela todos os dias e que vive preocupada por não receber nenhuma
notícia sua. A esperança para estas duas mulheres se mantêm viva só pelos
sonhos e as recordações. As duas se imaginam voltando a estar juntas novamente.
Algumas nunca perdem a esperança agarrando-se a seus sonhos, mesmo que estejam
longe uma da outra.
A
mãe de Kanthi enviava-lhe cartas todas as semanas, mas a traficante nunca as
entregava. Depois de ter sido libertada, Kanthi escreveu um livrinho para uma
obra de teatro intitulada “Cartas de minha Mãe” onde relata o amor persistente
de sua mãe.
5. Simão de Cirene ajuda Jesus a levar a Cruz: Com uma observação perspicaz, um policial percebe algo
ao caminhar por um edifício de apartamentos que lhe instiga a realizar uma
investigação mais minuciosa. Uma mulher suspeita de como sua vizinha se
relaciona com sua empregada doméstica. Sem a ajuda imediata dos amigos e devido
à demissão geral das pessoas, as vítimas tem que confiar em perfeitos
estranhos. Como Simão, o Cireneu, também existem pessoas que inesperadamente
dispõem-se a ajudar a vítima com a carga tão pesada que levam.
6.Verônica: Pessoas que antigamente foram vítimas do tráfico tem
se convertido em abolicionistas (libertadoras da escravidão). Estas pessoas conhecem
o sofrimento, e como Jó também dizem: O meu rosto está todo avermelhado de chorar, e sobre as minhas
pálpebras está a sombra da morte: “Apesar de não haver violência nas minhas
mãos, e de ser pura a minha oração. Ah! Terra, não cubras o meu sangue e não
haja lugar para ocultar o meu clamor! (Jó 16,16-18).
“Trabalhei os sete dias da semana por 18 horas
diárias e nunca me pagaram; sofri abuso físico; fui jogada contra a parede... e
foi um vizinho quem se aproximou de mim para resgatar-me”. (Uma sobrevivente de
Los Angeles).
Hoje essas pessoas marcham,
trabalham em colaboração com a polícia e com grupos de defesa e apoio,
expressam sua dor em forma artística e em histórias que levam sua mensagem
sobre esta realidade. Estas são as “Verônicas” para o Jesus-Vítima escravizado
de hoje. Recebem momentos de alívio e descanso, quando sentem que seus lamentos
ficarão impregnados nos mantos de
esperança que servirão como sinais de esperança para que o mundo dê
resposta a este sofrimento.
7. Jesus se levanta pela segunda vez: Quando num momento da história todos os direitos
humanos e civis eram ignorados e violados, agora o treinamento inclui capacitar
as agências policiais, trabalhadores sociais, voluntários em escolas e igrejas
e outros agentes de primeiros socorros sobre os “sinais” de uma vítima do
tráfico. Estes trabalhadores públicos são treinados a dar os passos necessários
para libertar às vítimas e ajudá-las a sair do labirinto sem criminalizá-las. Mais,
assegura-se que recebam assistência necessária para libertá-las.
“A capacidade
do ser humano de superar a dor é como um bambu: muito mais flexível do que parece
à primeira vista” (Jodi Picoult, Pela vida de minha irmã).
8. Jesus encontra-se com as mulheres: A promessa foi quebrada. Quando Jesus falou às
mulheres que chorem por elas mesmas e por seus filhos, ele sabia que a luxúria
do mundo pelas riquezas, o controle e o sexo seriam a traição da sua dignidade.
Se bem que é certo que todos:
homens e mulheres podem fazer parte da demanda do tráfico humano, são os homens
os “clientes” prediletos desta escravidão moderna por meio da indústria da
pornografia. Também, nosso apetite insaciável pela riqueza e os produtos de
baixo custo, combinado com a ganância de não querer investir nossa própria
riqueza na sociedade, cria uma demanda de mão de obra barata que escraviza e a
qual atinge primordialmente mulheres e as crianças. As oficinas de exploração
laboral; o minério ilegal (que obriga as crianças a extrair ouro e diamantes);
a colheita ilegal do café e cacau que emprega crianças; e o comércio do sexo -
com uma crescente demanda pela pornografia infantil em todo o mundo, estão
crescendo alarmantemente e isto cria um mercado imenso de provisões, provisões
humanas.
“Jesus, porém, voltando-se para elas,
disse: Filhas de Jerusalém, não choreis por mim; chorai antes por vós mesmas, e
por vossos filhos. Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas
as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram! ” (Lc
23,28-29).
9. Jesus cai a terceira vez: em algum momento falava-se de continentes subjugados como América do
Sul e África. Hoje em dia o tráfico não é exclusivo a pessoas de uma só etnia
ou nação... é a ruína de vidas inteiras, famílias, pessoas e culturas
conduzidas por paixões equivocadas de gente de toda nação e todo tipo de classe
social. Estamos falando, inclusive, de como gastamos o dinheiro, e da falta de
consciência sobre como certificamos que o que compramos não seja produzido à
custa da escravidão humana em oficinas de abuso de trabalho, seja aqui ou ao redor do mundo. É certo que sempre
queremos economizar – “guardar nosso dinheiro”; mas talvez o que necessitemos é
dar prioridade a “salvaguardar a vida humana”. Quando a humanidade cai, Jesus
também cai. E quando Jesus se levanta, a humanidade levanta-se com ele.
“Os soldados do governador levaram Jesus
ao palácio e reuniram toda a tropa em volta dele. Tiraram sua roupa, o vestiram
com uma capa vermelha e lhe colocaram uma coroa tecida de espinhos e uma vara
na mão direita. Logo se ajoelharam diante dele e rindo-se lhe diziam: Salve o
Rei dos judeus! Também cuspiam nele e com a mesma vara lhe golpeavam a cabeça.
Depois lhe tiraram a capa vermelha, colocaram-lhe sua própria roupa e levaram-no
para crucificá-lo. ” Mateus 27:27-31
10. Jesus é despojado de suas vestes: Nós reduzimos o sofrimento de Jesus a ornamentos
bonitos de ouro: um “corpus” sobre uma cruz que veste uma tanga que lhe cobre
sua “humanidade”. Muitos proxenetas (pessoas que exploram a prostituição,
lucrando com ela ou vivendo às custas do trabalho de prostitutas), e outros
envolvidos no tráfico humano usam este tipo de joalheria (crucifixos) sem
dar-se conta que ao fazê-lo, isso desafia suas ações. Ao reduzirem uma pessoa a
nada, despojada de toda dignidade e confrontada com uma vida quebrada, deixa
somente uma esperança: a libertação. A nudez de Jesus sobre a Cruz implora ser
abraçada se nós vamos começar a compreender a desumanização que o tráfico humano
produz – a escravidão moderna. Vejamos a cruz e tomemos uma decisão. Podemos
afastar-nos dela porque é muito doloroso vê-la de frente, ou podemos vê-la e
nela a toda a humanidade quebrada.
“Depois
que os soldados crucificaram a Jesus, recolheram sua roupa e a partiram em
quatro partes, uma para cada soldado. Tomaram também a túnica, porém, tecida
toda de alto a baixo, não tinha costura. Disseram, pois, uns aos outros: Não a
rasguemos, mas lancemos sortes sobre ela, para ver de quem será. (Jo, 19, 23-24ª).
11. Jesus é pregado na Cruz: Se decidimos abraçar a humanidade que está sobre a
cruz, abraçando ao mesmo tempo a nudez da humanidade despojada de toda
dignidade na indústria da escravidão, então seremos capazes de nomear a verdade
desta realidade moderna. Aqui convidamos você a dar nome à realidade do tráfico
humano em seu próprio mundo pessoal, pedindo a Jesus que o aceite como
parte da sua cruz. O que foi que lhe comoveu? Como tem ignorado esta situação? Ou
melhor, o que pode identificar em sua própria vida que contribui com esta
realidade? Nomeia a verdade que brote do seu coração nesta Via Sacra e “prega”
essa dor nesta cruz levando-a em seu coração.
Tua cruz adoramos, Senhor, e tua santa
ressurreição louvamos e glorificamos; pelo madeiro veio a alegria ao mundo inteiro. (Liturgia da Sexta Feira Santa, Missal Romano).
12. Jesus morre pregado na cruz: A Paixão de Cristo é a submissão total à vontade de
Deus, que incluiu os golpes físicos, a tortura e a manipulação psicológica que
alterava a realidade. Porém a cruz é um verdadeiro paradoxo. Se bem que seja um
símbolo de morte desonesta, também é um símbolo de promessa; uma promessa que
não pode quebrar-se. A promessa em nosso caminhar de hoje é dar esperança a um
segmento da raça humana que vive sob o jugo da escravidão; um chamado a unir-se
aos esforços contra a demanda que gera uma fila imensa para abastecer a
escravidão humana. Tão certo como é que o nosso pecado morreu na cruz com
Jesus, também é certo que o que pode morrer aqui é tudo o que nos escraviza...
incluindo a criação de uma demanda tão forte, que um mundo de escravidão e
abuso é escandalosamente real para muitos e uma indústria altamente lucrativa
para outros.
“Meu povo, que mal eu te fiz e onde te
contristei? Responde-me. Que mais eu poderia fazer por ti? Eu mesmo te escolhi e te plantei, Formosa
vinha minha, mas tu te tens voltado áspera e amarga comigo, pois na minha sede
me deste de beber vinagre e colocaste uma lança no lado de teu Salvador. ” (Liturgia de Sexta Feira Santa, Missal Romano).
13. O corpo de Jesus é descido da Cruz e
colocado nos braços de sua mãe. A mensagem
da salvação é uma mensagem de libertação... que somente pode ser realizada
quando os “libertadores” se identifiquem – sejam um – com as pessoas cativas e
escravizadas. O Corpo Místico de Cristo deve fazer-se um na agonia, na paixão e
na esperança. Somente assim pode existir a libertação e a ressurreição da
morte.
“O mercado de pessoas humanas constitui
uma impressionante ofensa à dignidade humana e uma violação grave dos direitos
humanos fundamentais. ” (São João Paulo II).
14. Jesus é sepultado. A agonia de Jesus de que falam as escrituras continua
na história; nas manobras dos poderosos e suas manipulações das vítimas. A
degradação humana disfarçada de negócios e mercadoria, continua infringindo dor
aos mais vulneráveis, os sem voz e os pobres. Porém o círculo completa-se na
vida que a ressurreição traz consigo levantando-se das cinzas da morte. O manto
que aqui se mostra, sai do túmulo que nunca ficará selado, simbolizando a
resiliência das vítimas regatadas do tráfico, paralela à vida nova no espírito
humano tocado pela vida divina que é celebrada na Paixão, Morte e Ressurreição
de Cristo.
“Continue chamando e a alegria no interior acabará por
abrir uma janela e olhar para fora para ver quem está lá” (Rumi)
Escrito por:
Robert Juárez, em colaboração com Ir. Kathleen Bryant, RSC, Giovanni Pérez, Valerie Macrae, Sara Gómez y Paulette Smith.
Traduzido por: Ir. Margarita Ganuza e revisado por
Ir. Beatriz Paixão, Oblatas do SSmo Redentor.
Via Sacra excelente para Grupo de Jovens em pequenas comunidades.Se Deus quiser irei trabalhao Obrigado,que Deus abençoe todos.Paz e luz!
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