sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Núcleo da Rede do Rio de Janeiro teve intensa participação na campanha de sensibilização nas Olimpíadas, em parceria com a Pastoral do Migrante

No dia 25 de julho, o Núcleo Rio de Janeiro da Rede Um Grito pela Vida, juntamente com o Comitê e o Núcleo Estadual, participou do lançamento da campanha “Giftbox” no Aeroporto Galeão do RJ, espaço de muita circulação de atletas, de delegações internacionais e de um intenso turismo do mundo inteiro. A caixa Giftbox – Brasil permaneceu no local até o dia 30. No dia 26 de julho, foi lançada nas redes sociais a mesma campanha, fortalecida com um excelente material visual.

No dia 27, o Núcleo esteve em um encontro entre o Governo do México e o Governo Brasileiro, que cuida do tema do Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo. Foi realizada uma boa parceria entre os Governos e um excelente intercâmbio de materiais visuais para a conscientização e prevenção sobre essa séria problemática.

Representantes dos Governos do Brasil e México – Palácio das Laranjeiras
No dia 28 de julho, foram lançadas vinhetas de rádio nas redes sociais e no dia 29 foi realizada a iluminação azul do Cristo e de outros monumentos na cidade, abrindo espaço para a Campanha “Coração Azul” da ONU, assumida também pelo Brasil.

No dia 1º de Agosto de 2016, estivemos na Vigília da Dignidade, na Cinelândia – RJ, com nosso banner e a cartilha “Na Trilha de Maria – Armadilhas invisíveis”. Por cerca de três horas, entregamos a cartilha e conversamos com as pessoas. Nossa presença chamou a atenção e despertou o interesse das pessoas, inclusive do canal de TV TELESUR, que gravou uma entrevista sobre nosso trabalho.


No dia 05 de agosto, em parceria com o Comitê Estadual, o Núcleo Rio inaugurou a caixa “Giftbox” na Cinelândia, reforçando o espaço de consciência e de prevenção ao tráfico de pessoas.  Estava presente a ONG Internacional “27 MILLION”, com óculos virtuais nos quais estavam gravadas cinco histórias reais de pessoas traficadas, em cinco idiomas diferentes. 

A rádio Nacional e a rádio AM 1440 entrevistaram pessoas do Núcleo e muita gente que conversou com o nosso pessoal levou materiais como fitinhas de pulso, leque informativo, folder, cartazes, camisetas e adesivos para se informar, divulgar e ajudar a sensibilizar sobre o tema.
  
Representantes do Núcleo – Rio durante a campanha- Cinelândia

No período da tarde, a equipe foi para a Praia de Copacabana na manifestação do povo pelo “Fora Temer”, realizada em frente ao Palace Hotel Copacabana. Em seguida, acompanhamos a passeata por mais de três quilômetros, conversando e distribuindo material da Campanha Jogue a Favor da Vida. Foi um dia realmente cheio e significativo para o Núcleo Rio.

Estivemos também partilhando material com a ONG Internacional “Gerando Vida”, no Bairro São Cristovão; além de outras organizações nacionais com o mesmo objetivo. 

Praia de Copacabana divulgando a Campanha Um Grito pela Vida

No dia 09 de agosto, tivemos a reunião mensal na sede da CRB para uma avaliação e programação de futuras atividades. Depois de um momento de mística e reflexão, sentimos a necessidade de termos um lugar de referência diante de tantos pedidos que tivemos durante a campanha de prevenção. Decidimos enviar um pedido à coordenação da CRB Regional para vermos, juntos, como viabilizar esta necessidade. Vamos criar um e-mail e um grupo no whatsapp para a comunicação.



Equipe do Núcleo na sua maioria jovens na Cinelândia na campanha junto a caixa giftbox do Comitê Estadual.
Conforme anunciado pela imprensa, já foram desmascaradas duas máfias do tráfico de Pessoas no Brasil nestes últimos meses: uma no Rio e outra em Manaus. Creio que todo o trabalho de denúncia, prevenção e de conscientização com as várias parcerias está dando resultados positivos.

Na reunião do núcleo, realizada no mesmo dia, fizemos uma avaliação e decidimos por mais duas atividades públicas de prevenção no Largo da Carioca, dia 19, e na Feira Nordestina São Cristovão.

Equipe jovem na Campanha
Pe. Mario Geremia
Rede - Núcloe Rio de Janeiro



quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Profecia Coletiva - VRC tecendo Redes de Vida e Libertação no Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Por Irmã Eurides Alves de Oliveira[1]


“Enfrentar o tráfico de pessoas é assumir a ‘causa de Deus’. (...) É ser uma carta de Cristo para o mundo (2cor 3,3), é ser movida/o pelo Espírito da liberdade, pois onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade[2].

1. Introdução

          Fazer  memória agradecida do passado, acolher e viver o presente com paixão e realismo  e abraçar o futuro com esperança militante, em profecia coletiva, tecendo redes de vida e libertação tem sido a motivação e o empenho  de muitas religiosas e religiosos nos últimos tempos e, em particular, neste ano da vida Consagrada.
          Animada pelo espírito pós conciliar de “volta às fontes”, assumindo em fidelidade criativa o seguimento de Jesus de Nazaré, a partir das periferias e fronteiras existenciais, sociais e  culturais, a VRC  tem nas ultimas décadas descoberto na missão em rede um meio privilegiado para viver sua missão profética, respondendo aos apelos do  Deus da vida, presente  nos gritos dos sujeitos emergentes, nos cenários de velhas e novas pobrezas deste tempo hodierno.
         A intenção deste texto não é de fazer uma  abordagem teórica sobre a profecia da VRC e/ou do trabalho em rede, mas tecer algumas considerações sobre o tema e compartilhar alguns pressupostos, aprendizados e convicções que a prática da missão em rede no enfrentamento ao tráfico de pessoas tem nos oferecido, almejando que as mesmas possam ser fios de vida e libertação, que deem novos significados a nossa Consagração/Missão  ampliando as possibilidades, opções, no horizonte da  profecia que nos é legada.
          Seguindo a metodologia do Ver, Julgar, Agir, parto de algumas considerações sobre o tecido social de onde surgem os fios-clamores, que nos interpelam e provocam a unir forças e atuar em redes de solidariedade e profecia; a seguir faço  uma breve fundamentação sobre redes e sua força de profecia coletiva para a VRC; e por fim compartilho algo sobre a missão da  Rede Um Grito pela Vida, no intuito de continuar sensibilizando-nos para esta causa e, quem sabe, servir de luz para o surgimento de outras redes da VRC em respostas aos desafios missionários de nosso tempo.

Queremos ver os Direitos Humanos vencerem!


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

COMUNIDADES EDUCATIVAS EM ALERTA PARA O TEMA TRÁFICO DE PESSOAS NAS OLIMPÍADAS


Com determinação e entusiasmo estamos dando continuidade ao Planejamento das ações e atividades durante a Campanha “Jogue a favor da vida”.

Por meio das sementes já lançadas em 2015 nas Unidades do Serviço Social Nossa Senhora do Parto, no Tabor de São Gonçalo (Zona Leste), neste ano realizamos, no dia 10 de agosto, duas oficinas sobre prevenção ao Tráfico de Pessoas, alertando para a questão do tráfico durante o Megaevento das Olimpíadas. Participaram 120 pessoas, sendo a maiorias de jovens.

A troca de saberes e o debate do tema foram muito produtivos. A Rede foi convidada para ampliar esta tarefa em outras unidades.

Vale salientar que a oficina concluiu-se com a colocação de uns dos participantes: O tráfico de pessoas não está longe. O temos em volta de nossas casas”.(sic)

E também se saiu deste espaço de debate e reflexão, sentindo o impacto, que tem a ver com a realidade estarrecedora das chamadas bonecas sexuais humanas, trazida por duas adolescentes. Neste momento refletiu-se sobre o modelo pornográfico imposto pelo capitalismo neoliberal, em função dos milionários, chegando ao topo máximo da desumanização, que tornam “bonecas sexuais humanas” as crianças empobrecidas. Nesse sentido, se confirma o que autor argentino Edgardo Buscáglia diz no seu último livro: tráfico de pessoas, que é um dos grandes negócios do crime organizado transnacional, é um crime contra a humanidade. Nós temos uma situação em que essas redes criminosas cometem crimes contra a humanidade em todos os lugares.” E das maneiras mais sofisticadas e aberrantes, violando direitos das pessoas e ceifando suas vidas inescrupulosamente.


No dia 16 de agosto, se iniciaram as atividades na Escola Kennedy (Escola Pública), localizada na Vila Formosa (Zona Leste). Começamos com os grupos de professores/as da manhã e da tarde, conforme a uma decisão conjunta da Rede Um Grito pela Vida e da Diretoria da Escola: dar início a essa ação de sensibilização sobre a realidade do Tráfico de Pessoas primeiro com os/as professores/as e depois com os alunos/as.

É importante ressaltar que esta escola abriu suas portas em uma votação por unanimidade dos diferentes segmentos do Conselho de Escolas, abrangendo a totalidade da comunidade educativa.

Com a primeira turma trabalhou-se o tema: Contradições e divergências do tráfico de pessoas, com a Drª. Cláudia Luna, parceira da Rede. Ir. Manuela (articuladora), ministrou a atividade com o segundo grupo. 

No dia 23 de agosto, daremos continuidade a esta atividade com outro grupo da tarde e da noite. No turno da noite a Rede vai contar com outro parceiro, Dr. Juliano Lobão, que já trabalhou no Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas.



Redimensionaram-se os saberes dos/as participantes e se enfatizou o papel dos/as multiplicadores/as, num processo educativo que inclui as potenciais e capacidades de cada pessoa que compõe esta comunidade educativa. Foram convidados/as a serem comunidades educativas em alerta e sendo também alerta para alunos/as diante da aviltante realidade do tráfico humano.



Ir. Manuela Rodríguez Piñeres (OSR)  
Rede - Núcleo São Paulo

Rede engajada com a JPIC


A Rede um Grito pela Vida participa da Rede JIPC - Justiça, Paz e Integridade da Criação. Fazem parte deste grupo: Argentina; Uruguai, Paraguai e Brasil, com o objetivo de preparar o próximo encontro, que será realizado em 2018.

Ir. Anajar Silva
Equipe de Coordenação da Rede

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Por dentro da ONU - Rede Um Grito pela Vida conectada aos objetivos, metas e desafios da Organização das Nações Unidas


A Rede Um Grito pela Vida, Núcleo de Rio Branco/AC, em parceria com a Faculdade da Amazônia Ocidental (FAAO), ofereceram aos acadêmicos dos Cursos de Direito, Psicologia, Serviço Social e Contabilidade a oportunidade de participarem da Palestra com Irmã Margareth Mayce, Dominicana e representante da sociedade civil na ONU. Cerca de 400 alunos e professores, com muita atenção e disciplina, participaram da Palestra Organização da ONU: Objetivos, Metas e Desafios.

Os principais objetivos da ONU são:

  •   Manter a paz internacional;
  •   Garantir os Direitos Humanos;
  •   Promover o desenvolvimento socioeconômico das nações;
  •   Incentivar a autonomia das etnias dependentes;
  •   Tornar mais fortes os laços entre os países soberanos.

Metas da ONU para 2030

  • Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares
  • Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável
  • Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades
  • Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos
  • Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas
  • Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos
  • Assegurar o acesso confiável, sustentável, moderno e a preço acessível à energia para todos
  • Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos
  • Construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação
  • Reduzir a desigualdade dentro dos países e entre eles
  • Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis
  • Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis
  • Tomar medidas urgentes para combater a mudança do clima e seus impactos
  • Conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável
  • Proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade
  • Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis
  • Fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Desafios da ONU

  • Erradicar a pobreza extrema;
  • Erradicar a fome;
  • Garantir acesso a saúde e bem estar;
  • Garantir acesso à educação de qualidade;
  • Igualdade entre os gêneros;
  • Disponibilizar água limpa e saneamento básico para todos;
  • Disponibilizar acesso a energia limpa para todos;
  • Possibilitar crescimento econômico e garantir emprego a todos;
  • Promover a industrialização, inovação e infraestrutura não só para ganhar dinheiro, mas para tornar as vidas melhores;
  • Redução das desigualdades;
  • Promover cidades e comunidades sustentáveis;
  • Promover produção e consumo sustentáveis;
  • Reduzir as mudanças climáticas;
  • Restaurar e proteger a vida marítima;
  • Restaurar e proteger os ecossistemas terrestres;
  • Promover a paz e a justiça;
  • Promover parcerias para alcançar as metas estabelecidas.

Irmã Isabel do Rocio Kuss – CF

Articuladora da Rede / Rio Branco


REDE PARTICIPA DO II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFRENTRAMENTO AO TRÁFICO HUMANO

Cerca de 140 pessoas vindas dos municípios de Assis Brasil, Epitaciolândia, Brasiléia, Senador Guiomard e Tarauacá (AC); Porto Velho (RO);  Cobija, La Paz e Riberalta (Bolívia); Iñapari, Ibéria e Porto Maldonado (Peru) acolheram o convite e participaram do II CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFRENTRAMENTO AO TRÁFICO HUMANO, que aconteceu dos dias 10 a 12 de agosto de 2016, em Rio Branco/AC. Dentre as/os convidados, se fizeram presentes diversas autoridades civis e religiosas dos três países, tais como: Bispo de Riberalta (Bolívia), Sub Prefecta do Departamento Tahuamano; Red Kauzai (Peru), Núcleo da Rede Um Grito pela Vida de Porto Velho; Comitê Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Acre); Polícia Federal, Polícia Civil e muitas secretarias estaduais e municipais com afinidade ao tema, diversos Padres e Seminaristas maiores da Diocese de Rio Branco e um número significativo de Religiosas do núcleo de Rio Branco.

O II Congresso teve por objetivo consolidar o trabalho desenvolvido pela Rede “Um Grito pela Vida” na prevenção e incidência política em relação ao Tráfico de Pessoas. Durante o encontro os temas discutidos foram: os “Direitos da Mulher também são Direitos Humanos”; “Empoderamento da Mulher e Sustentabilidade”, palestras proferidas por Irmã Margareth Mayce, Dominicana, representante da Sociedade Civil na Organização das Nações Unidas – ONU. O tema “Quem é esta Mulher” foi desenvolvido por Alieth Gadelha, escrivã da Polícia Federal do Estado do Acre.

No primeiro dia, Irmã Margareth abordou o tema: “Direito das Mulheres também são Direitos Humanos”.

É importante ter presente que os direitos humanos são resultado de lutas e embates políticos e estão sujeitos a avanços e retrocessos. Observa-se, ao longo da história, e ainda hoje, que determinadas classes e grupos sociais tem sido relegados a cidadãos de segunda categoria com menor acesso aos direitos vigentes naquela sociedade, seja em seu aspecto normativo, seja em seu exercício. Direitos são conquistados e esta conquista tem percorrido um caminho cheio de idas e vindas, avanços e recuos. Através da ação política da sociedade civil, o conceito de direitos humanos vem sendo ampliado, incorporando questões ligadas a gênero, raça e etnia, meio ambiente, violência doméstica, reprodução e sexualidade.  Os direitos civis, políticos e sociais também vem sendo reformulados, incorporando novas dimensões.


Em 1995 aconteceu em Pequin a quarta Conferência Mundial sobre as Mulheres. E a transformação fundamental foi o reconhecimento da necessidade de mudar o foco da mulher para o conceito de gênero, reconhecendo que toda a estrutura da sociedade, e todas as relações entre homens e mulheres dentro dela, tiveram que ser reavaliados. Só por essa fundamental reestruturação da sociedade e suas instituições poderiam as mulheres ter plenos poderes para tomar o seu lugar de direito como parceiros iguais aos dos homens em todos os aspectos da vida. Essa mudança representou uma reafirmação de que os direitos das mulheres são direitos humanos e que a igualdade de gênero era uma questão de interesse universal, beneficiando a todos.”

“Enquanto as mulheres e meninas não puderem desfrutar de seus direitos, todas nós sofremos e o REINO DE DEUS não acontece” (Margareth).

sábado, 13 de agosto de 2016

Rede Um Grito Pela Vida de Curitiba e Jocum em ação na Semana do Coração Azul

A Rede Um Grito Pela Vida – Núcleo de Curitiba, juntamente com os jovens evangélicos da JOCUM (Jovens Com Uma Missão), participaram ativamente da Semana Coração Azul contra o Tráfico de Pessoas, promovida pelo NETP/PR, na região metropolitana de Curitiba. Durante esta semana de mobilização, que teve início no dia 25 de julho, Pe. Cláudio Ambrozio, Scalabriniano. e Ir. Salete Inês Arcari, Salvatoriana, foram empossados como membros do Comitê Estadual do Paraná Contra o Tráfico de Pessoas (TP)


Importantes atividades de impacto público promovidas pelo NETP/PR puderam contar com o apoio da Rede e da JOCUM, sejam elas no Aeroporto Intencional de Curitiba, nos presídios femininos do Estado do Paraná (localizados no município de Piraquara), no calçadão da região central da capital, conhecido como “Boca Maldita” (local de grande fluxo de curitibanos e visitantes) etc.



Diversos prédios públicos e religiosos foram iluminados de azul no Estado, dentre eles a Catedral de Maringá-PR. Merece também destaque o apoio da imprensa local, seja da RPC, filiada da Rede Globo que cobriu boa parte dos eventos, assim como a TV E-Paraná, além das rádios Santa Felicidade e Paraná.


O objetivo sempre é alertar a população sobre os perigos do TP, pratica criminosa que rouba sonhos e escraviza pessoas para explorá-las como se fossem mercadorias, em benefício de um grupo de criminosos inescrupulosos que atenta contra a dignidade da pessoa humana.

Frei Luiz Carlos Batista
Rede Um Grito pela Vida - Núcleo de Curitiba

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Nas olimpíadas, jogamos a favor da vida!

O esporte nos estimula e deve ser valorizado. Torcemos pelos nossos atletas e queremos que nosso país tenha mais oportunidades. Mas, nosso foco é a prevenção e alerta contra o tráfico de pessoas e exploração sexual. E em situações de megaeventos como as Olimpíadas, temos que reforçar nosso time. Que as nossas ações, junto a tantas outras iniciativas que estao acontecendo, contribuam para minimizar o risco de violações de direitos. Vamos torcer pela paz, pelo esporte e pela conscientização!



As Olimpíadas, o outro lado

Por Marcelo Barros

A partir dessa 6ª feira, 05 de agosto, começarão no Rio de Janeiro os XXXI Jogos Olímpicos. Com o tema geral "Viva sua paixão", 10.500 atletas, vindos de 206 países vão concorrer a 28 modalidades olímpicas, com a inclusão de rúgbi de sete e do golfe. A audiência estimada é de 4, 5 bilhões de pessoas, mais da metade da população do planeta Terra. É a primeira vez que o Brasil, mais precisamente a cidade do Rio de Janeiro, sedia um evento como esse. Por tudo isso, o Brasil está em festa e o nosso povo mais uma vez dará ao mundo o testemunho de ser um povo hospitaleiro e carinhoso com todos os irmãos e irmãs que nos visitam. 

Como a imensa maioria dos /as atletas que concorrem às provas é de jovens, durante esses dias, em um mundo social e politicamente dominados por uma elite de pessoas mais velhas, nós veremos um grande protagonismo da juventude. Assim, as Olimpíadas chegam a ser como um sinal profético de um mundo no qual a juventude tem um protagonismo maior e decisivo. 

É claro que, para chegar a competir em uma prova de Olimpíadas, todos os atletas que vêm ao Rio de Janeiro querem ganhar e os desafios são muito altos. No entanto, os desafios maiores dessas Olimpíadas não estão exatamente dentro dos campos e arenas dos esportes. Para se apresentar nas Olimpíadas, os jovens fizeram esforços imensos, tanto econômicos, como humanos. Do mesmo modo, por trás desse belo espetáculo de paz e de confraternização que o mundo inteiro assistirá, é bom que saibamos: houve muitos sofrimentos e uma imensa quantidade de problemas não resolvidos. 

Mesmo se as Olimpíadas têm como vocação mostrar um mundo de fraternidade e de paz, elas ainda são organizadas dentro de um modelo social e político que expressa o mundo atual, organizado de forma injusta e excludente. Em um país no qual o atual governo provisório anunciou o corte de quase 100 bilhões de dólares de reais em gastos e tocando fortemente nos programas sociais, na educação e na saúde, não dá para compreender o gasto de bilhões de dólares com um evento que dura duas semanas e que se sustenta sob uma forte exclusão social. Basta lembrar que com ingressos para os jogos que chegam a custar R$1.200 reais, quantos pobres poderão participar desses jogos, mesmo como simples espectadores? O que dizer às milhares de famílias pobres, expulsas do seu lar e do único terreno que possuíam, para que se construísse a Vila Olímpica que funcionará por menos de um mês? 

A uma sociedade internacional que fala em confraternização e unidade, onde estarão os pobres nessas Olimpíadas? Vendendo algum salgadinho e limpando as cadeiras dos estádios, se os organizadores permitirem. Além disso, todos os grandes jornais publicam que os gastos e contas dessas Olimpíadas não são transparentes e isso sempre se presta às piores perspectivas de mau uso do dinheiro público. 

Por tudo isso, os maiores e mais profundos desafios dessas Olimpíadas não estão nas modalidades esportivas às quais os atletas de tantos países concorrerão. O maior desafio é a corrida contra o tempo e que essas Olimpíadas deixem uma mensagem de que a humanidade precisa mudar o seu caminho social e político. 

Quando, em 2013, durante o Encontro Mundial da Juventude, o papa Francisco visitou a comunidade de Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro, um dos jovens que discursou para o papa declarou claramente: "Estão escondendo do senhor o que nós vivemos aqui". Por isso, o papa pediu aos governantes que não maquiassem a realidade para torná-la bonita para os que vêm de fora, enquanto a população local sofre horrores para sobreviver. Essa maquiagem continua sendo a operação normal para apresentar o país aos turistas que vêm de fora. É mais um desafio superar esse modo de agir e, de fato, ter uma vontade política de transformar a realidade sofrida dos pobres e não apenas disfarçá-la. 

O maior desafio dos jogos é revelar ao mundo que os jogos olímpicos só serão verdadeiramente instrumentos de comunhão fraterna entre toda a humanidade se partirem da justiça. A humanidade só será uma só se os mais fracos e carentes forem vistos como pessoas, sujeitos de dignidade humana e, em primeiro lugar, merecedoras dos investimentos sociais antes de qualquer jogo passageiro.


quinta-feira, 4 de agosto de 2016

PARTICIPAÇÃO DA REDE NO I SIMPÓSIO ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS EM SÃO PAULO


No contexto da Semana Nacional do Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, participamos do I Simpósio Estadual de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. O evento aconteceu no dia 29 de Julho de 2016, no auditório da Associação de Advogados/as de São Paulo (AASP). Aproximadamente 250 pessoas, representantes de diferentes entidades, tanto do Poder Público como da Sociedade Civil, estiveram presentes.
Abertura do simpósio:
“Nesta crise socioeconômica e política atual, sempre aparecem abutres que querem usufruir e se aproveitar. Mas este Simpósio é uma frente de resistência diante destes abutres que roubam a humanidade de outras pessoas, perpetrando o tráfico de pessoas”.

As irmãs Alice Duarte (ICM) e 

Ir. Manuela Rodríguez Piñeres (OSR)
do Núcleo de São Paulo representaram 
a Rede.
Foram abordados temas de grande interesse para o avanço da reflexão e, sobretudo, para buscar vias de solução aos desafios permanentes da realidade do Tráfico de Pessoas que cresce vertiginosamente; um crime que vem desumanizando grupos que se tornam mais vulneráveis, particularmente quando acontecem megaeventos como os Jogos Olímpicos que já estão batendo em nossas portas.

Os temas focaram-se nos avanços legislativos para o enfrentamento do Tráfico de pessoas e a erradicação do trabalho escravo Lei Bezerra ( Lei Estadual nº 14.946/2013). A análise dos desafios e perspectivas desta realidade no Brasil, com ênfase especial nas políticas públicas. Também foi citada a responsabilidade em cadeia que tem toda a cidadania e instituições, além da experiência do sistema judiciário nos crimes de Tráfico de Pessoas. 

A metodologia centrou-se fundamentalmente em exposição, mas foi complementada com experiências de pessoas do Poder público e da Sociedade Civil que enfrentam diariamente as dificuldades ao não encontrarem respostas a situações concretas de pessoas atendidas, pela falta de estrutura, tanto na linha da assistência como da punição. E também porque as políticas públicas implementadas, apesar de serem um grande avanço para o país, deixam muito a desejar, já que não garantem os direitos das pessoas em situação de tráfico humano. Legislações e políticas públicas precisam ir de mãos dadas para poder dar passos sólidos e firmes que diminuam gradativamente a violação dos direitos e a desumanização a que são condenados inúmeros seres humanos por causa do crescimento das redes criminosas.

O Poder Público e a cidadania em geral têm que parar de serem omissos/as frente esta realidade gritante e desafiadora. 

Um Simpósio desta dimensão, só pode ser de verdade uma frente de resistência quando assumir compromissos e ações concretas para avaliar a curto, meio e longo prazo, que levem a transformar a realidade das pessoas traficadas e das entidades que estão trabalhando para isso acontecer.


Ir. Manuela Rodríguez Piñeres(OSR)
Rede Um Grito pela Vida- Núcleo SP


Sensibilização sobre o tráfico de pessoas na Vigília da Dignidade

No dia 1º de Agosto de 2016, estivemos na Vigília da Dignidade, na Cinelândia – Rio de Janeiro. Marcamos presença nos identificando com nosso banner de sensibilização e distribuímos a revista em quadrinhos “Na Trilha de Maria – Armadilhas invisíveis”, que fala sobre a vulnerabilidade social no contexto do tráfico de pessoas para servidão doméstica.


Por cerca de três horas conversamos com as pessoas e entregamos nosso material. Nossa atuação chamou a atenção e despertou a curiosidade. Muitas pessoas fizeram fotos dos banners e o canal de TV TELESUR gravou uma entrevista sobre nosso trabalho.







Ir. Mercedes Lopes
Núcleo Rio de Janeiro


“Tráfico de Pessoas: um crime que lesa a humanidade”, afirma Papa Francisco

O tráfico de pessoas é um dos crimes mais hediondos da atualidade. A crescente consciência da dignidade inalienável de cada ser humano colide com uma realidade em que milhares de pessoas são mercantilizadas e escravizadas mediante falsas promessas, enganos, dívidas e outras formas de chantagens. Por causa disso, governos, organizações internacionais e a sociedade civil pautam a luta contra o tráfico de pessoas como uma das prioridades na defesa dos diretos humanos, em nível nacional e internacional. 

Nesta data, 30 de julho, Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, instituído pela Assembleia Geral da ONU – proposta para aprofundar a reflexão e intensificar a ação no enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, retomemos a afirmação do Papa Francisco, ao dirigir-se à Conferência Internacional de Juízes e Magistrados contra o Tráfico de Pessoas e o crime organizado, no dia 3 de junho último. Na ocasião, Francisco sublinhou que o tráfico de pessoas, o contrabando de migrantes, e outras novas formas de escravidão, tais como o trabalho escravo, a exploração sexual, o tráfico de órgãos, o comércio da droga, a criminalidade organizada, são crimes de lesa humanidade que devem ser reconhecidos com tais por todos os líderes políticos, religiosos e sociais, e previstos nas legislações nacionais e internacionais (Rádio Vaticano, 3jun2016).

É preciso cominar penas que sejam para a reeducação dos responsáveis e sua reinserção na sociedade. Se isso vale para eles, “tanto mais para as vítimas” que são passivas e não ativas no exercício de sua liberdade, “tendo caído na armadilha dos novos caçadores de escravos. Vítimas muitas vezes traídas na dimensão mais íntima e sacra da pessoa, ou seja, no amor que aspiram em dar e receber de suas famílias ou que é prometido por seus pretendentes ou maridos, e que ao contrário disso acabam vendidas no mercado do trabalho forçado, da prostituição ou da venda de órgãos. ”

Neste contexto de apelo ao aprofundamento do estudo sobre a temática e os desafios do tráfico humano, é oportuno recordar que pesquisadores, agentes sociais e pastorais consideram a abordagem hegemônica sobre o tema do tráfico de pessoas ainda superficial.  Existe pouca visibilidade à percepção desta grave violação de direitos que afeta milhares de pessoas. Ninguém pode se furtar à responsabilidade de identificar, denunciar e combater este mal que corrói o tecido social e que degrada vergonhosamente a conduta humana e a sociedade.
Conclamando a Igreja e a sociedade, Francisco sublinha a importância de criar uma rede que possa favorecer a troca de experiência e somar forças contra este crime, e que permitam combater melhor as novas formas de escravidão. “A Igreja é chamada a empenhar-se para ser fiel às pessoas, ainda mais se consideradas as situações em que se tocam as chagas e os sofrimentos mais dramáticos.  Neste sentido a Igreja não deve cair naquela máxima que a quer fora da política, pelo contrário, “deve colocar-se na ‘grande política’, porque” – como dizia Paulo VI – “a política é uma das formas mais elevadas de amor”.

A atenção e a preocupação com o tráfico de pessoas são reforçadas com a proximidade dos jogos olímpicos 2016, em nosso País. Alertas são intensificados para evitar que a atração por falsas promessas de trabalho e ganhos fáceis sejam caminhos de exploração, de abuso, de sofrimento e mesmo de morte para seres humanos, criados à imagem de Deus, cuja dignidade deve ser respeitada e protegida incondicionalmente.

Novamente as palavras de Francisco: “Apelamos à consciência de uma humanidade que busque em Deus um motivo de esperança, e na misericórdia de Deus também a possibilidade de constituir redes e perdão, porque há também que considerar isto: há vítimas e há agentes criminosos e é preciso alcançar a reconciliação entre todos. Unida ao Papa Francisco, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, roga a Maria, Mãe da Misericórdia, que ilumine a todos aqueles e aquelas que nos escutam e que nos ajude a realizar redes de libertam”.

Brasília, 29 de julho de 2016
GT de Enfrentamento ao Tráfico Humano/CNBB

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

PERCEPÇÃO DA SOCIEDADE SOBRE O TRÁFICO DE MULHERES - Acesse a Pesquisa


Clique na imagem para acessar a pesquisa.


















Brasileiros das capitais pesquisadas têm ideias difusas quando pensam pela primeira vez em tráfico de mulheres.

Menções mais frequentes passam por prostituição, desumanidade, indignação e exploração.

O ciclo de formação de ideias sobre o tema, mostra a pesquisa, passa por desinformação, má informação, admissão do problema, preocupação, preconceito e culpabilização das vítimas, o que contribui para a falta de consensos sobre o problema.


CURSO DE CAPACITAÇÃO - O ATENDIMENTO: DISQUE PROTEÇÃO MULHER


 II MÓDULO - CURSO DE CAPACITAÇÃO

O ATENDIMENTO: DISQUE PROTEÇÃO MULHER

“COMEMORAÇÃO 10 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA”


DATA: 04 de agosto de 2016 
HORÁRIO: 08h00 às 13h15 
LOCAL: Assembleia Legislativa – ALESP, 
Auditório Franco Montoro e Auditório Kobaiashi 
Avenida Pedro Álvares Cabral, 201 – Ibirapuera – São Paulo - SP 

PROGRAMAÇÃO

09h00 às 09h30 – Abertura

1.     Dr. Marcio Fernando Elias Rosa
Secretário da Justiça do Estado de São Paulo

2.     Prof. Dr. Edmundo Chada  Baracat
 Chefe da Clínica Ginecológica do Hospital das Clinicas da FMUSP

3.     Prof.Dr.Abrão Rapoport
Diretor Clínico Hospital Heliópolis

4.      Drª Magali Vicente Proença
Diretora do Hospital Mandaqui

5.     Drª Rosmary Correa
Presidente do Conselho da Condição Feminina

6.     Dr Jose Roberto Prebill
Presidente do Sindicomunitário

7.     Prof. Dr Luiz Henrique Gebrim
Diretor Técnico do Hospital Perola Bynton

8.     Deputado Celino Cardoso
Deputado Estadual do Estado de São Paulo

9.     Deputada  Maria Lucia Amary
1ª Vice- Presidente da Assembleia Legislativa do  Estado de São Paulo


        10.  Profª Drª Albertina Duarte Takiuti
        Coordenadora Estadual de Políticas Publicas para Mulher