terça-feira, 19 de novembro de 2013

VI Encontro da Rede Um Grito Pela Vida - Brasilia.

Nos dias 15 a 17 de novembro representações dos núcleos da Rede Um Grito Pela Vida do Brasil  estiveram reunidos com o objetivo:
Compartilhar a caminhada dos núcleos por Regiões e das Redes;
Fortalecer a articulação e atuação em REDES de enfrentamento ao tráfico de pessoas;
Lançar o livro "Um Grito Pela Vida";
Realizar um painel temático sobre nosso compromisso de enfrentar o tráfico de pessoas;
Lançar e planejar as ações da campanha "Jogue em favor da Vida"que será realizada antes e durante a copa de 2014;
Projetar a continuidade da caminhada da Rede "Um Grito Pela Vida".
O encontro contou com 62 participantes representantes dos grupos de todo o Brasil, foi um tempo forte de partilha das ações realizadas nos núcleos, projeção da caminhada, onde coletivamente somamos forças para o enfrentamento ao tráfico humano.
Contamos com a participação das Redes internacionais, Rede Kawsay, Rede Ramá, Rede Renate e Talitha Kum, muito contribuíram com a partilha de suas experiencia na certeza de ampliarmos a rede internacional de enfrentamento ao tráfico de pessoas.
O Lançamento do Livro "Um Grito Pela Vida" que traz profundos textos e experiências que contribuirão com a vida da Rede.
E o lançamento da Campanha da Copa 2014 "Jogue a favor da Vida" que será trabalhado a prevenção ao tráfico de pessoas em tempo de copa do mundo.




sexta-feira, 15 de novembro de 2013

VI Encontro Nacional da Rede Um Grito Pela Vida.

 Teve inicio na manhã do dia 15.11.2013 o VI Encontro da Rede Um  Grito Pela Vida. Religiosas, Religiosos vindos de todo Brasil, um grupo de 62 participantes. 
Contamos com a presença de religiosas representantes das Redes internacionais Talitha Kum, Renate, Kawsay e Rede Remá.
Celebração de abertura do encontro coordenada pelo núcleo de Salvador.
Fortalecendo a Rede Um Grito Pela Vida.
Sementes que se espalham e dão vida.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

I Encontro das coordenações das Redes em América Latina e Caribe

No dia 14 de Novembro, em Brasília - DF,  reuniram-se as três coordenações das Redes da Vida Consagrada da America Latina comprometidas no enfrentamento ao tráfico de pessoas: Rede Um Grito pela Vida (Brasil), Red Kawsay (Cone Sul) e Red Ramá (America Central).  O encontro contou com a participação da coordenadora da comissão contra o tráfico de pessoas da CLAR (Conferência Latino Americana dos Religiosos) e uma representante de Talitha Kum, a rede internacional da Vida Consagrada comprometida no enfrentamento ao tráfico de pessoas.
Objetivo do encontro foi o conhecimento reciproco, a partilha e o fortalecimento da atuação em Rede.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Escravidão atinge 29 milhões de trabalhadores em todo o mundo

http://g1.globo.com/globo-news/noticia/2013/11/escravidao-atinge-29-milhoes-de-trabalhadores-em-todo-o-mundo.html


Um relatório recém-divulgado pela fundação Walk Free aponta que 29 milhões de pessoas no mundo ainda trabalham sob o regime de escravidão. Segundo o diretor da organização Anti-Slavery International, três fatores contribuem para o problema. “O primeiro deles é a vulnerabilidade. Algumas vezes, significa que você é apenas mais fraco do que o outro, que quer explorá-lo. A segunda questão é a exclusão social. Os grupos que tendem a ser escravos são discriminados na sociedade. O terceiro fracasso tem a ver com o Estado de Direito. O Estado é responsável por proteger as pessoas e, quando os governos falham, há uma grande chance de os três fatores se unirem e haver escravidão”, aponta Aidan McQuade.
Para o cientista político Leonardo Sakamoto, que é coordenador da ONG Repórter Brasil e membro da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo, a escravidão ocorre quando a dignidade ou a liberdade são aviltadas. “Você também tem trabalho escravo quando viola as condições. Condição degradante é aquilo que rompe o limite da dignidade. São negadas a essas pessoas condições mínimas mais fundamentais, colocando em risco a saúde e a vida”, diz.
Mauritânia lidera ranking da escravidão
A Mauritânia ocupa o primeiro lugar do ranking de escravidão global, que analisou 162 países e leva em consideração o casamento infantil e os níveis de tráfico humano. HaitiPaquistão e Índia vêm em seguida. Lucrativa, a escravidão moderna movimenta mais de US$ 32 bilhões, segundo a Organização Internacional do Trabalho. Estimativas da OIT também apontam que há 5,5 milhões de crianças escravas no mundo.
No Brasil, 125 anos após a abolição da escravatura, milhares de pessoas ainda são submetidas a trabalhos em situação degradante. A análise do relatório da fundação Walk Free indica que a escravidão contemporânea no país aparece principalmente em plantações de cana-de-açúcar, na exploração madeireira e na mineração. Nas grandes metrópoles, como São Paulo, a exploração é de mão-de-obra de confecções de roupas, principalmente de bolivianos e paraguaios.
No entanto, há avanço na erradicação da prática. A primeira política de contenção do trabalho escravo é de 1995 e, de lá para cá, 45 mil pessoas foram libertadas de locais onde havia exploração desumana da mão de obra. “Um governo reconhecer a persistência desse tipo de prática, mesmo com todos os problemas econômicos que isso pode causar, é o primeiro elemento forte no combate”, avalia Sakamoto.
Brasil quer endurecer a lei
Tramita no Congresso Nacional uma Proposta de Emenda Constitucional para endurecer a lei. “Ela é chamada de PEC do Trabalho Escravo e prevê o confisco de imóveis em que o trabalho escravo for encontrado e sua destinação para reforma agrária ou para o uso habitacional urbano”, explica o cientista político. Ele destaca que o Brasil é citado globalmente como exemplo porque trabalha no tripé de combate à impunidade, à pobreza e à ganância.
Neste ano, os Estados Unidos celebram os 150 anos do fim da escravidão. A data está sendo usada por organizações de defesa dos direitos humanos para lembrar a presença de novas formas de escravidão. O Departamento de Estado Americano calcula que o tráfico de pessoas leva 18 mil vítimas ao país anualmente.
O historiador Eric Foner, da Columbia University, estuda a história da escravidão americana. “No passado, ela era legalizada, reconhecida como instituição. Era escancarada, lícita e muito importante, a base da economia da época. Não é o que acontece hoje. A escravidão dos dias de hoje não é a base da ordem econômica”, diferencia.

Seminário de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas - Brasilia, novembro de 2013.


Nos dias 07 a 09 de novembro de 2013 foi realizado o Seminário: O papel da Sociedade e da Igreja no Enfrentamento ao Tráfico Humano, com o objetivo de contribuir para uma compreensão integral do tráfico humano (raízes e causas);

Subsidiar as ações dos agentes multiplicadores/as, com informações e ferramentas;

Apoiar a mobilização das comunidades para a vigilância e o enfrentamento. 

O Seminário contou com 70 pessoas, vindas de 20 Estados, foi um tempo forte de estudos, trocas de experiencias e construção de metodologias para o trabalho em Rede.

Tráfico de pessoas é uma prática de violação de direitos humanos, presente nos dias de hoje que se expressa nas modalidades do Trabalho escravo urbano e rural, da exploração sexual, no tráfico da venda órgãos, na adoção ilegal, dentre outros

 



Porto Alegre,RS Realiza Seminário Estadual.



terça-feira, 5 de novembro de 2013

Novas formas de escravatura: Conferência internacional no Vaticano

Iniciou hoje, 2 de Novembro, na Casina Pio IV, na Cidade do Vaticano, uma Conferência internacional sobre o tráfico de seres humanos, conferência organizada pela Pontifícia Academia das Ciências Sociais, juntamente com a Federação Mundial das Associações Médicas Católicas.
A situação actual do tráfico de seres humanos e a escravatura moderna, bem como um plano de acção para combatê-las - são os dois principais aspectos no centro desta conferência.

A Organização Internacional do Trabalho estima que entre 2002 e 2010, foram cerca de 21 milhões as vítimas do trabalho forçado, entendido também como exploração sexual. Todos os anos cerca de dois milhões de pessoas são vítimas de tráfico sexual, 60% das quais são meninas, enquanto que o tráfico de órgãos humanos atinge quase os 11% do total. Quem recorda estes dados horripilantes é Dom Marcelo Sánchez Sorondo, chanceler da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, numa entrevista à colega da RV Francesca Sabatinelli.

R. - Na origem de tudo está o Santo Padre que já tinha conhecimento destes problemas. Logo após a sua eleição, recebeu-nos em audiência, nós da Pontifícia Academia das Ciências Sociais. Na carta de agradecimento que lhe foi enviada mais tarde, os conselheiros também tinham perguntado se desejava que nos ocupássemos de algo em particular e ele, imediatamente, com o mesmo envelope respondeu: "Marcelo, quero que se estude o problema das novas formas de escravatura e do tráfico de pessoas, incluindo o problema da venda de órgãos". Assim, a Academia começou a trabalhar. Vimos, porém, que era necessário envolver os médicos e por isso chamámos os médicos católicos, porque o presidente da Federação Internacional das Associações Médicas Católicas, José María Simón de Castelvì, quis colaborar; e em seguida, também a Academia de Ciências, porque as soluções também podem ser de carácter científico. Assim nasceu a iniciativa.

O fenómeno do tráfico, ou escravidão moderna, é analisado sob quais aspectos?

R. – Em todos os aspectos. O que nós queremos é perceber a real dimensão do fenómeno, que um pouco já se sabe, mas contudo queremos ter dados mais precisos. Queremos também alcançar uma ideia comum para a Igreja, para as Conferências Episcopais. Existem Conferências Episcopais, como a inglesa por exemplo, ou a de Guatemala, que elaboraram alguns documentos, mas creio que a Igreja como um todo não tem suficiente consciência do problema. E depois, queremos encontrar orientações concretas: pedimos a todos os convidados, aos observadores bem como aos relatores, para nos enviarem propostas concretas, e agora estamos a avaliá-las. Tem uma muito interessante apresentada por um médico, que sugere para preservar o DNA de crianças desaparecidas, juntamente com o dos pais que denunciam o seu desaparecimento, e confrontá-lo: de facto, a primeira coisa que os traficantes fazem é cancelar as suas impressões digitais.

Sabemos que na origem do tráfico, estão as condições de extrema pobreza, guerras, conflitos internos ... Há uma parte do mundo que explora tudo isso ...

R. – E vamos dizer isso . Começando por aqueles mesmos Países que têm leis que fazem um jogo duplo : por um lado, falam de vida humana, por outro lado as suas próprias instituições não querem ver este problema, ou até mesmo o favorecem . Por exemplo, peguemos naquilo que aconteceu na Bósnia , que envolveu alguns americanos, e não só, num tráfico de escravas, denunciado por uma mulher americana, posteriormente demitida por causa disto por uma subsidiária da ONU (o caso de Kathryn Bolkovac, N.d.R.). Por este motivo, pareceu-nos oportuno envolver os médicos, porque também eles estão comprometidos, as instituições que deveriam defender são as mais afectadas . Portanto, por um lado, estamos diante de uma situação dramática, não se quer falar deste problema, não se quer ver o que está a acontecer; por outro lado faz-se o jogo duplo. Depois, estão aqueles Países que reconhecem a prostituição como um trabalho: também eles criam o mercado do tráfico. Na Alemanha, por exemplo, este problema é terrível. Mas não apenas na Alemanha, também em outros Países do Norte. Portanto, o Estado por um lado diz que se deve intervir, enquanto que por outro faz lucros. O Papa, desde o tempo em que ainda era arcebispo, tinha já intuído este grave problema social que atinge precisamente a alma do mundo social, das ciências sociais. Nós ficámos impressionados por não termos entendido antes.

Neste caso, com as actas desta conferência, o que a Igreja quer fazer?

R. – Nós queremos fazer este primeiro encontro; depois faremos outros, mas este é já um primeiro passo para irmos ao encontro dos desejos do Papa. Tentaremos fazer o melhor possível, não temos a presunção de ter encontrado a solução do problema, mas pelo menos é um passo em frente. Pedimos a Santa Sé para não aderir ainda ao Protocolo de Palermo (Protocolo das Nações Unidas sobre a prevenção, supressão e perseguição do tráfico de seres humanos, especialmente mulheres e crianças (N.d.R.), e ainda não tivemos resposta, pediram-no os próprios nossos académicos. Isso quer dizer que ainda não há uma política comum. Certamente o Papa quer pôr clareza nestas coisas. Deve-se fazer um elogio ao Papa: com a sua sensibilidade levou a nós da Academia - que discutíamos de coisas um pouco abstractas - à estrada concreta da realidade desta globalização que traz consigo aspectos terríveis, entre os quais - como ele mesmo disse em Lampedusa - a indiferença. As pessoas são vendidas, mas ninguém se importa da pessoa humana, a única coisa que importa é o dinheiro, ou melhor: ganha-se dinheiro com as pessoas como se fazia há tempos com a escravidão, e de certa maneira é ainda pior! Sobretudo se consideramos o aspecto sexual, em que estão envolvidos e comprometidos meninas e também meninos. E’ uma das coisas mais trágicas do mundo global, juntamente com a imigração, cujos efeitos vimos em Lampedusa.


domingo, 3 de novembro de 2013

Primeiro Encontro da Igreja Católica na Amazônia legal

Com a coordenação da Comissão Episcopal para a Amazônia, presidida pelo Cardeal Cláudio Hummes, OFM realizou-se primeiro encontro dos seis regionais da CNBB que formam a Amazônia Legal nos dias 28 a 31.10.2013. Abrange 61% do território nacional. Estiveram presente 57 Bispos e Arcebispos, padres, religiosas/os coordenadores/as de pastoral, leigas e leigos comprometidos com a igreja.




Foi realizado entre diversos temas o painel sobre tráfico de pessoas, quilombolas e povos indígenas, Irmã Henriqueta e Irmã Roselei Bertoldo, integrante da Rede Um Grito Pela Vida, Manaus/Roraima, trabalharam  a temática do tráfico humano, chamando atenção para a grande problemática na região amazônica e a necessidade de enquanto igreja trabalharmos na sensibilização e prevenção a este crime, que tem como pilares: a miséria, ganancia e impunidade, se não tornarmos este crime que atua na clandestinidade, visível, será muito dificil combate-lo e fazer com que as pessoas denunciem. Um apelo foi feito a todos os bispos para que possam contribuir efetivamente na campanha da fraternidade que trás a temática: Fraternidade e Tráfico Humano.