por ir. Antonietta Augusta Semprini de Abreu
Em nome da nossa Rede Um Grito pela Vida, Regional de São Paulo, tive a oportunidade de ir a Santos falar para o Bispo D. Jacyr Francisco Braido, Carlista, para os Padres da Diocese e Religiosas / os sobre o tema que nos foi solicitado, assim como para o Conselho de Leigos da diocese: O Tráfico de Pessoas e a Copa.
A Ir. Henriqueta Spinola, das Cônegas de Sto Agostinho, fez a minha apresentação e me hospedou em sua comunidade, a quem muito sou grata.
Foi uma experiência muito interessante para mim, começando pela pessoa de D. Jacyr, que me disse ter sido membro do CELAM, e, de 1978 a 1985, foi assessor da CNBB na Pastoral da Mobilidade Humana, no setor de Pastoral Social e Coordenador da Campanha da Fraternidade e Subsecretário Geral.
Ele, na verdade, tem um currículo invejável. Pelo fato de ser missionário e com rica experiência na área social, estimulou os Padres, Religiosos/as e Leigos a se abrirem a esta temática, na reunião mensal do clero (22 de março/2012).
De acordo com o público alvo, comecei a palestra com a palavra de D. Antonio Maria Veglió - Presidente Pontifício do Conselho Pastoral para Migrantes e Itinerantes, que aconteceu em Roma/2009, no Congresso das Religiosas em rede contra o Tráfico, evento promovido pela UISG.
“É necessário uma renovada solidariedade na comunidade cristã e entre as congregações religiosas e movimentos eclesiais, nas novas comunidades, nas instituições e associações católicas, a fim de dar maior atenção e`visibilidade´ no serviço pastoral às mulheres exploradas pela prostituição, uma missão na qual, no centro, está o anúncio explícito da Boa Nova da libertação integral em Jesus Cristo”.
Também fiz referência ao compromisso assumido pela CNBB, explicitado nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015, (nº 107 e 111).
Informei-os da trágica situação das mulheres traficadas, apresentando-lhes em um vídeo o depoimento sofrido de uma brasileira traficada.
Falei-lhes ainda das causas e consequências do Tráfico hoje e os riscos que mulheres e crianças correm, sobretudo em época dos megaeventos, como o tráfico, o trabalho análogo à escravidão, a exploração sexual das crianças e adolescentes, aumento do trabalho infantil...
Sugeri-lhes vários compromissos se se sentissem sensibilizados, entre aqueles o compromisso de continuar o processo de mobilização em prol de uma Campanha da Fraternidade sobre o Tema em 2014.
Os participantes fizeram muitas perguntas, mostrando-se bastante tocados com a apresentação do tema e alguns me deram seu e-mail para eu repassar-lhes o material que fora trabalhado. A mesma coisa aconteceu com o Conselho de Leigos da diocese para quem falei sobre o TSH, nesse dia, à noite.
No final fui entrevistada para a Rede Vida pela jornalista da Diocese.
Quando voltei a SP, comuniquei-me com D. Jacyr agradecendo-lhe a acolhida e a oportunidade de falar na sua diocese e tive o seguinte retorno:
“QUERIDA IR. ANTONIETA, EU DEVO AGRADECER PELA SUA DISPOSIÇÃO EM ENFRENTAR ESTE TEMA TÃO DELICADO! EU PROCURO ME INTERESSAR POR TODOS OS PROBLEMAS DA MOBILIDADE HUMANA. ESTE É UM, MUITO TRISTE E CONSTRANGEDOR! COMO PERCEBEU, PROCUREI ME INTERESSAR POR ELE EM VÁRIAS PARTES DO MUNDO! VAMOS EM FRENTE! DOM JACYR”
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