Celebração
de Abertura da Campanha da Fraternidade em Manaus - AM
O tema da
Campanha da Fraternidade versa sobe – “Fraternidade e Tráfico Humano” com o
lema: é para a liberdade que Cristo nos libertou.
A Amazônia é
um dos focos de atenção da Campanha da Fraternidade (CF).
Traz à tona
a grave situação em que vivem as milhares de pessoas do mundo que se encontram
em situação de violência do tráfico humano.
No Brasil a
grande maioria, das pessoas traficadas são mulheres adolescentes e jovens, na
faixa etária de 12 a 21 anos. Os dados são da Organização Internacional do
Trabalho (OIT, ano de 2012).
Segundo o
Diagnostico do tráfico de pessoas nas regiões de fronteira lançado em outubro
de 2013, dos 11 mil quilômetros de fronteia, o Amazonas responde por uma faixa
de 6,5 mil quilômetros, a Região Amazônica tem muitas rotas internacionais do
tráfico de pessoas. É preciso chamar a atenção para esse crime que atua na
clandestinidade, é preciso dar visibilidade para que as pessoas possam
denunciar.
Em Manaus, o
lançamento da campanha aconteceu na quarta-feira de cinzas (dia 5), no Porto da
Manaus Moderna Centro da cidade. O cenário foi escolhido para a celebração, onde foi
feito à memória histórica ligada ao enriquecimento da cidade de Manaus. “Temos aqui próximo o
mercado Adolfo Lisboa construído em 1883 com ferros importados da Europa. Esse
centro histórico marca o ciclo da borracha, momento de intenso processo
migratório que explica o motivo da criação de um grande mercado para acomodar o
aumento da demanda dos produtos para atender ao aumento da população. Mas,
marca também a história de 35 mil nordestinos que, por causa da seca, vieram em
busca de melhores condições de vida e que, com outros trabalhadores das várias
regiões do país, somaram-se 45 mil levados à escravidão por dívida e à morte
por doenças adquiridas pela exposição ao ambiente. Após recrutados, ficavam
acampados em alojamento sob rígida vigilância militar para seguir viagem por
horas para os seringais.”
A Celebração
de abertura foi um ato ecumênico,
chamando toda sociedade, instituições, igrejas para contribuírem no
enfrentamento ao tráfico de pessoas.
O Arcebispo
dom Sérgio Eduardo Castriani destacou a necessidade de toda sociedade trabalhar
na prevenção a este crime, enfatizou a necessidade de um trabalho articulado
com todas as instituições governamentais, sociedade civil por se tratar de um
crime perigoso. Dar visibilidade para que as pessoas possam denunciar quando se
encontram nesta situação. Nosso compromisso enquanto igreja é de acolhida das
pessoas vitimas desta violência, e não de revitimização das mesmas.
A celebração
de abertura contou com dois grandes momentos:
o aprisionamento de três jovens numa uma grande gaiola, erguida por um
guindaste, simbolizando o aprisionamento de milhares de pessoas vitimas do
tráfico humano, com pedidos de perdão pelo silêncio perpetuado ao longo da
história. À luz da Palavra de Deus, a gaiola foi abaixada e os jovens ajudaram
a libertar as pessoas aprisionadas, dando-lhes liberdade. Muitos foram os
louvores pelas tantas iniciativas de grupos, instituições, organizações que
contribuem para romper a rede do tráfico de pessoas.
Finalizando o momento celebrativo,
todos os participantes já de posse de uma corrente, forma convidados a gritar,
não ao tráfico humano, quebrando as corrente, como gesto concreto desta
campanha da fraternidade, assumindo o compromisso que trabalhar no
enfrentamento a este crime em seus espaços de atuação formando uma grande rede
humana. “É para a liberdade que Cristo nos libertou”.
Roselei
Bertoldo
Congregação
da Irmãs do Imaculado Coração de Maria
Rede Um
Grito Pela Vida.CRB
Aprisionamento dos jovens.
A libertação à luz da Palavra de Deus.
A multidão simbolicamente rompe com as correntes da escravidão.
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