domingo, 9 de outubro de 2022

Memória e subversiva - momento de estudo da Assembleia Nacional


Um dos grandes momentos da assembleia foi a assessoria, de modo remoto, da Irmã Maria Áurea Augusto Marques, que tratou do “memória subversiva da Rede um Grito pela Vida, em sinodalidade defendendo a vida

Irmã Maria Áurea fez um resgate histórico dos 15 anos da Rede um Grito pela Vida, lembrando que o “passado nos anima e, olhar o passado, ajuda analisar o presente e projeta um novo futuro de luta”, em prol da defesa, promoção e proteção da vida humana.

Segundo a assessora, as experiências de lutas em prol da vida e por direitos, passaram por diversas fases desde a ditadura militar. E, mesmo nesse período nos anos 70 e 80, com o cerceamento das liberdades, as comunidades de base se animavam com o canto “olhando o passado, para mudar o presente e rumo ao futuro, a realidade será iluminada, não fica no escuro”.

Para a Irmã Maria Áurea, esse sentimento de resistência ajudou a construção de um mundo novo, com fé no Deus que ama, salva e liberta. Com esse clamor, a Rede um Grito pela Vida atinge o coração da vida religiosa consagrada, para ver, escutar e agir de modo prático a realidade cotidiana das pessoas vulneráveis e oprimidas. Para ela, a vida religiosa foi a primeira a enfrentar esses desafios, numa espécie de “descida da vida religiosa que se organiza para dar uma resposta solidária ao clamor dos mais necessitados”, destacou.


A Rede surge e intensifica o trabalho com a missão organizativa para fazer o enfrentamento ao tráfico humano. Porém, muitas atividades foram interrompidas com o agravamento da pandemia da covid-19, em algumas realidades as problemáticas foram intensificadas, entretanto, com, as experiências criativas de superação dessas realidades foram minimizadas.

A palestrante relembrou a questão norteadora para os novos desafios: como recomeçar? Tendo presente o conhecimento da realidade do tráfico humano, organizando as prioridades da Rede e enfrentando os desafios com dinamicidade e criatividade que os novos cenários de lutas nos pedem.

Como incentivo aos participantes, a Irmã falou sobre a esperança que virá e “valorizar o trabalho de prevenção e resgatar uma humanidade perdida, de trazer de volta, de ir em busca das pessoas, e não deixar ninguém para trás”, convocou.

Por: Cristóvão Domingos de Almeida  – Regional Centro Oeste

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