terça-feira, 9 de abril de 2013

PARTICIPAÇÃO NA AUDIÊNCIA PUBLICA DA CPI


O dia 21de março Ir. Manuela Rodríguez (OSR) e Ir. Antonieta Abreu, da Rede  “Um Grito pela Vida”, núcleo de São Paulo, participaram da audiência pública pela CPI destinada a investigar o tráfico de pessoas no Brasil, suas causas, consequências e responsáveis (período de 2003 a 2011), compreendido na vigência do Protocolo de Palermo. A mesma aconteceu na Assembleia legislativa do Estado de São Paulo.
O requerimento foi apresentado pelo presidente da CPI, deputado Arnaldo Jordy (PPS-PA). 
De acordo com o Deputado, o objetivo dos depoimentos das pessoas convidadas, é colher e reunir informações para o aperfeiçoamento da legislação brasileira e também buscar saídas para o fim do tráfico de pessoas.
Foram levados para o inquérito 4 casos:
Primeiro caso
Denúncia à senhora Telma dona de uma pensão. Ela é acusada de aliciamento de travestis em Belém do Pará, traficando-as/os para São Paulo. Além disso, ela acompanha as travestis que vão fazer cirurgias plásticas, só por indicação, na clínica do Doutor Jair Roberto Matos Orifice (médico especialista em cirurgia plástica)
O nome do médico citado, aparece nas investigações feitas pela Polícia Federal;  por isso ele foi convidado a participar da audiência com o intuito de contribuir com elementos que visem um maior esclarecimento da situação.
Ele diz não  fazer  parte de nenhuma quadrilha de tráfico; esse não é seu perfil e se colocou à  disposição para que visitem sua clínica  em são Paulo, onde costuma praticar as cirurgias a travestis, todas provindas de Belém do Pará. Ele está com os contratos arquivados, mas nunca deu recibos como comprovantes de pagamento porque elas nunca solicitaram.
Segundo caso:
Na data de 19/05/05 O conselho Tutelar constatou e fez denúncia da existência de tráfico de menores para exploração sexual, todos  trazidos  de Belém do Pará para a escolinha da Portuguesa. Ronildo era quem os trazia com uma proposta enganosa e acabavam caindo em mãos desses criminosos. Vale salientar que a Associação Portuguesa terceirizou seus serviços, sendo que Ronaldo e Fernando Matos, assumiram  a administração de dita escolinha.
 O  Presidente da Associação Atlética Portuguesa Santista Senhor José Ciaglia foi convidado a explicar  o fato relatado.  Ele diz  estar nesta função há muito pouco tempo.Leu um amplo informe sobre a Associação e  reconhece a negligência dos anteriores Presidentes na fiscalização. Está disposto a seguir contribuindo para apuração e investigação dos fatos.
O presidente Dep. Jordy denuncia a situação dos menores que eram alimentados somente com ração. Que viviam, em 12, numa quitinete e eram provindos de famílias de alto grau de vulnerabilidade.   
Depois de ouvir o convidado e pelas investigações feitas, o presidente da Comissão confirma que se trata de tráfico de menores.
Terceiro caso
Desmantelamento da quadrilha que atuava com mulheres brasileiras em Salamanca (Espanha) na boate Vênus. Aliciavam-nas  em São Paulo e em Salvador (BA). Em Salvador, as jovens eram convidadas a uma churrascaria e, logo, eram treinadas em Paripe e depois iam para Espanha.
Uma mulher chamada Renata foi convidada dar depoimento; ela  estava na “  “operação planeta”. Tentou-se saber  qual foi sua participação nessa quadrilha e seu envolvimento na mesma por ser namorada de Ângelo O “Gitano” .A mulher estava com seu advogado e seu depoimento foi muito limitado, deixando claro que ela não ia falar.
Ficou claro que familiares  articulavam ações com ela e que ela tinha relações com o “Gitano”, que,  além do vínculo afetivo, ele a usava para o negócio; inclusive ela foi ameaçada de morte.
A investigação vai continuar porque o caso se insere no item do tráfico de mulheres para exploração sexual internacional.
Quarto caso
Depoimento de uma jovem convidada a se manifestar sobre o  caso da denúncia feita por uma mulher do estado do Maranhão e que este fato foi publicado pela mídia. Dizia que um grupo de  mulheres se encontravam em situação de cárcere privado na boate Nigth Belas Clube de São Miguel Paulista e vinham todas da mesma cidade desse Estado.(Maranhão)
Esta  jovem diz não ser  verdade e, que, inclusive,    algumas colegas dela  se prontificaram para depor a favor do dono da boate.
Imãs Manuela Rodriguez e Antonieta Abreu

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