segunda-feira, 14 de novembro de 2016

OFICINA DE TREINAMENTO DO JOGO REDE PELA VIDA - ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS

No dia 05 de novembro de 2016, realizou-se a Oficina de Treinamento do jogo REDE PELA VIDA - ENFRENTAMENTO AO TRÁFICO DE PESSOAS.

A Congregação de Jesus, representado por Ir. Cirley Covati, abriu as portas para realizarmos este encontro. Também estiveram presentes para jogar pela vida a Ir. Eliane Matos (Congregação da Divina Vontade), Ir. Manuela Rodriguez Piñeres, das Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, e a a pedagoga Wanderléia Feitosa Rocha.



Graças à parceria com o Instituto Daniel Comboni, da Fazenda da Juta, Zona Leste, Wanderléia facilitou a oficina sobre o treinamento do jogo. 

Foi uma tarde descontraída e as participantes conseguiram atingir o objetivo: compreender e entender o jogo para levá-lo como instrumento de informação e sensibilização nas oficinas com adolescentes.

Outra oficina já está sendo projetada para outra formação. É do interesse de todas as pessoas que estão nesta caminhada ter esse treinamento, pois o Núcleo tem reproduzido 50 jogos, graças ao apoio financeiro da Conferência de Religiosos/as do Brasil (CRB). 


Por Ir. Manuela Rodriguez Piñeres- Núcleo da Rede Um Grito pela Vida SP

SIMPÓSIO “A GRAÇA DO CUIDADO NUM MUNDO SEM COMPAIXÃO”


 As Irmãs Franciscanas de São José celebrarão Jubileu de 150 anos da Fundação da Congregação, comemorado no dia 28 de outubro de 2017. Dentre a programação para este acontecimento Jubilar realizou-se, neste ano de 2016, um Simpósio sob o tema: “A Graça do Cuidado num mundo sem Compaixão”. 

Este evento aconteceu de 20 a 23 de outubro, no espaço muito especial do Hospital de Dermatologia São Roque, em Piraquara/PR, local considerado “muito sagrado” para a Congregação, pois aí se comemoram os 90 anos da chegada das primeiras Irmãs para a missão em terras brasileiras, a fim de dedicarem-se ao cuidado, dos chamados por elas, irmãos/as hansenianos/as. 

Além de vários conferencistas, contou-se também com a presença fraterna e alegre de Dom Francisco Carlos Bach, Bispo da Diocese de São José dos Pinhais – PR, no dia da abertura;  com a participação e compromisso profético de Dom Erwin, bispo do Pará, no dia 21 de outubro e de Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo Metropolitano de Curitiba, na Missa de Encerramento do evento. Foi muito marcante o seu testemunho de vida na homilia desta missa, ao reconhecer publicamente que teve a hanseníase e, sobretudo, como teve que fazer um processo profundo para se despir dos preconceitos que ele considerava não ter.
Foi também uma experiência intercongregacional, na qual houve espaço para compartilhar experiências de “cuidado e de compaixão”.  No dia 21, a Rede Um Grito pela vida teve seu espaço para colocar essa experiência de cuidado e compaixão com pessoas traficadas e migrantes com a participação da referência do Núcleo da Rede de Curitiba, Frei Luís Carlos Batista (Sacerdote Agostiniano) e Pe. Adler (religioso dos Padres Carlistas, do Haiti).
Segue a Conclamação do Simpósio, que encontra-se no facebock e no site da Congregação: www.franciscanasdesaojose.org.br [1]
Esse Simpósio foi para mim uma experiência inédita. Nele transbordou a Misericórdia, o “Cuidado e a Compaixão” feita vida no testemunho das irmãs e dos/as leigos/os Franciscanos/as da Misericórdia durante o Simpósio e na riqueza compartilhada a partir das diferentes frentes de missão, dos momentos de mística e troca de experiências. Percebeu-se ainda, na linha histórica desses 150 anos, uma trajetória que faz a diferença por ter a marca da Boa Nova do Reino expressada em gestos concretos de Misericórdia e Compaixão. Foi uma bênção poder participar deste espaço eclesial, intercongregacional e ecumênico.
Por Ir. Manuela Rodríguez Piñeres(OSR)
Núcleo da Rede Um Grito pela Vida-SP



[1] Alguns Parágrafos foram extraídos da Carta enviada aos/as participantes do Simpósio e do site das Irmãs Franciscanas de São José, também fotos: www.franciscanasdesaojose.org.br

REDE UM GRITO PELA VIDA EM MISSÃO: PÓS-OLIMPÍADA DE PREVENÇÃO AO TRÁFICO


“É missão de todos/as nós, Deus nos chama  e quero ouvir a sua voz...”

A realidade gritante do Tráfico de Pessoas é um apelo constante em nossa vida. É missão de todos/as nós sermos semeadores/as de Vida onde ela está mais ameaçada. A realidade das pessoas migrantes, refugiadas e traficadas, com suas vidas em alto risco de morte, nos interpela a não ficar indiferentes diante dela, como nos alertou em repetidas ocasiões o Papa Francisco.

Na  matéria da Agência Ecclesia do 26.10.2016, referente a uma audiência pública, ele defendeu o fim dos “muros” para as pessoas que se veem forcadas a migrar em procura de melhoras condições de vida, pelas mais diversas situações de exclusão vem sendo produzindas por meio do capitalismo, que se tornou pior logo após a Segunda Guerra Mundial e hoje cria explorações ainda mais sofisticadas. O Papa, mais uma vez, nos deixa um alerta para o Tráfico de pessoas. Ele ainda quebra os muros da indiferença com ações concretas. Na mesma matéria ele firma um compromisso: “O Vaticano acolhe, a partir de hoje, um encontro do Grupo Santa Marta, que inclui representantes da polícia, bispos, religiosas e representantes da sociedade civil,  para um debate sobre a luta contra o tráfico de seres humanos.

Nessa audiência pública “o Papa Francisco falou das duas obras de misericórdia que convidam à solidariedade com “o estrangeiro” e  com“quem está nu”. Ele trouxe à tona o sentido dessa nudez, não só olhando, mas deixando-se tocar pela realidade do tráfico de pessoas e outros meios geradoras dela: ... “A nudez pode significar também a “dignidade perdida”, dando como exemplos “as mulheres vítimas de tráfico, atiradas para a rua”, o uso do “corpo humano como mercadoria”, incluindo o das crianças, a falta de salário “justo” ou a discriminação em função da raça ou da religião”.
Em fidelidade ao chamado de Deus e do Papa Francisco, a Rede Um Grito pela Vida -RUGPV continua sua missão de alertar contra o Tráfico de pessoas nas escolas. Nesse sentido, prosseguiu com o  trabalho que iniciou no mês de agosto na Escola Kennedy, da Vila Formosa, com o grupo de professores/as.
Do dia 04.10.2016 ao dia 14.10.2016, as participantes  do Núcleo da Rede de São Paulo realizaram a grande “Pós-olimpíada”  de prevenção do tráfico com a metodologia de oficinas, utilizando vídeos, a cartilha “Na trilha de Maria”, linguagens artísticas (música, artes plásticas, encenação, entre outras) com o objetivo de sensibilizar alunos/as dessa escola sobre a realidade do abuso sexual infantil e do tráfico de pessoas.
Vale salientar alguns destaques deste processo:
·   A maioria dos/as alunos/as conheciam do tráfico  e do abuso sexual infantil porque lhes contaram ou leram e poucos/as por convites que tiveram. Uma grande parte dos/as que formam o corpo discente da escola, conhecia a realidade do tráfico de pessoas através da novela “Salve Jorge” da Rede Globo (2014);
·    Houve interesse, sobretudo dos/as alunos/as do 6° ano, de levantar questionamentos, aprofundar mais e levar a informação para suas famílias. No dia seguinte, vários/as deles/as se aproximaram para dizer: Eu contei à minha família do que se falou na oficina e me escutaram com muita atenção.” “ Eu pesquisei em vários sites e  encontrei mais informações. Como é bom conhecer e dar-se conta que o tráfico de pessoas não está longe de nós”.
·   A internalização como “algo natural” dos estereótipos do que é masculino e feminino legitima e reproduz a submissão e subordinação  das mulheres e os homens a acreditam que têm  esse poder. Isso ficou bem explícito na análise  e debate a partir de canções de Funk com os 7°, 8° e 9° ano. 
·  Encontramos situações de crianças que manifestaram ter tido convites para serem abusadas; nos grupos para Educação de Jovens e Adultos (EJA) duas pessoas que estiveram em situação de trabalho escravo e condições análogas à escravidão. Uma delas deu o depoimento diante do grupo. Foi um grande impacto ter esta realidade tão próxima.
Ressaltamos que a Rede se comprometeu a fazer um acompanhamento delas.
·   Uma das professoras, ao receber a sensibilização, constatou que uma amiga estava sendo aliciada pelo facebock, repassou dita informação para ela e a mesma desistiu desse relacionamento pela internet.
Em conclusão, é bom dizer que a graça de Deus e o compromisso firme no enfrentamento ao tráfico de pessoas falaram mais alto. Três religiosas, um leigo e dois parceiros/as da Rede conseguiram abranger quase 700 pessoas desta Escola. As famílias ainda serão sensibilizadas. 

A avaliação com o Conselho aconteceu no dia 31.10.2016, no local da Escola. A seguir, alguns dos aspectos mais relevantes:
·         Valorização do trabalho da Rede Um grito pela vida quanto à prevenção ao tráfico e ao abuso sexual infantil;
·   Proposta de dar continuidade ao trabalho formando um grupo de multiplicadores/as. A Escola fará o convite a professores/as, pais e mães de alunos/as. A Rede fará o treinamento;
·      Um tema muito atual que está afetando a vida de muitas crianças, jovens e  adolescentes;
·      Uma mãe presente na reunião colocou que os filhos/as foram contar para ela tudo o que tinha ouvido das irmãs. Diz ainda que algumas coisas eram iguais ao que a mãe dela lhe falava, mas que só agora conseguiu prestar atenção.

 Por Ir. Manuela Rodríguez Piñeres(OSR)- Rede Um Grito pela Vida – SP

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Tráfico, sonhos e prisões


"O tráfico de seres humanos é a terceira maior atividade criminosa do mundo, superada apenas pelo tráfico de armas e drogas. Aproximadamente 83% das vítimas são mulheres, a maioria para fins de exploração sexual, entre 18 e 29 anos, pobres e com baixa escolaridade. Dentre as demais finalidades, estão o trabalho análogo à escravidão, adoção ilegal de crianças e adolescentes – que inclui servidão doméstica – e venda de órgãos. Cerca de 2,4 milhões de pessoas são traficadas porano, mundialmente. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) aponta como causas principais a ausência de oportunidades de trabalho; a discriminação de gênero; a instabilidade política, econômica e civil; a violência doméstica; a emigração indocumentada; o turismo sexual; a corrupção de funcionários públicos; as leis deficientes."
Fonte: Pesquisa “Percepção da Sociedade sobre o Tráfico de Mulheres” pela Associação Mulheres pela Paz, projeto apoiado pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Ministério da Justiça.
Trata-se de uma pesquisa de opinião pública nacional, por amostragem, com execução do Datafolha Instituto de Pesquisa.
Acesse a pesquisa: http://www.mulherespaz.org.br/publicacoes/pesquisa-nacional-inedita-revela-percepcao-e-conhecimento-da-sociedade-sobre-o-trafico-de-mulheres/

Palestra "Tráfico de pessoas: aspectos sociais, jurídicos e pedagógicos" é realizada na FPB com o apoio da Rede Um Grito pela Vida


Ir. Sirleide Cabral de Oliveira apresetando
a Rede Um Grito pela Vida.
O Observatório das Violências, com a parceria da Rede um Grito pela Vida articulada pela Professora Nazaré Pinto, promoveu no dia 31 de outubro, no auditório da Faculdade Internacional da Paraíba, um debate sobre o tema "Tráfico de pessoas: aspectos sociais, jurídicos e pedagógicos".

O evento contou com a assessoria de Ana Célia Silva Menezes – pedagoga e membro do Núcleo da Rede um Grito pela Vida de João Pessoa-PB e teve a participação dos cursos de Serviço Social, Direito e Pedagogia, somando um total de mais de cento e trinta alunos e professores.

Logo após a explanação do tema conduzido por Ana Célia, tivemos espaço para falar sobre o histórico da Rede e apresentar seus objetivos.


Em seguida, foi aberto o debate com perguntas e contribuições enriquecedoras de alunos e professores sobre o tema, além de depoimentos de alguns sobre casos de tráfico de pessoas. 

Este evento foi muito positivo, pois abriu a oportunidade de uma discussão mais ampliada dentro da instituição de ensino sobre o tema, foi o que expressou alguns professores do curso de Serviço Social e Direito. 


Nosso agradecimento à professora Nazaré (integrante do Núcleo da Rede-PB por meio do Observatório das Violências) pela oportunidade e à Instituição por acolher a proposta. Temos muito a desenvolver sobre essa temática com a construção dessas parcerias.

Ir. Sirleide Cabral de Oliveira
Rede um Grito pela Vida - Núcleo de João Pessoa - PB




I Torneio de Futsal da Rede um Grito pela Vida e Movimento Jovem das Irmãs Missionárias da Mãe da Misericórdia

João Pessoa  -  30/10/2016 A Rede Um Grito pela Vida realizou uma atividade inédita para sensibilização: I Torneio de Futsal da Rede um Grito pela Vida e Movimento Jovem das Irmãs Missionárias da Mãe da Misericórdia. Segundo as irmãs articuladoras do evento, foi uma grande vitória em meio a tantos desafios. Mas, a boa vontade da equipe e dos jovens fez com que esse sonho se concretizasse. Foram meses de preparação com reuniões assumidas com responsabilidade e compromisso. Ir. Elisângela – responsável pelo movimento jovem; Creusa e Ir. Luiza, da Rede Um Grito pela Vida se fizeram presentes em toda a articulação, auxiliando na construção desse sonho que visa motivar ainda mais os jovens. Assim, as irmãs decidiram jogar e formaram um time.



O desafio foi lançado aos jovens por Creusa num encontro de formação para ser realizado na época das Olimpíadas. Desafio aceito!

Foi um período rico de formação, tendo como objetivo levar o tema Tráfico de Pessoas a outros jovens que não são do movimento, por meio do esporte. Formaram-se assim oito times, quatro femininos e quatro masculinos. Jogadores/as são de três coumidades diferentes: Santa Rita, Hietel São Tiago e Bayeuk. 





Na semana que antecedia o evento, foram realizados encontros nas três comunidades com os/as atletas para formação sobre tráfico de pessoas, instruções sobre os jogos e a entrega das camisetas. Cada encontro foi assumido por um membro da Rede: Ana Célia, Ir. Luiza, Alan, Creusa, juntamente com Ir. Elisângela. 

Ao chegar o grandioso dia estavam presentes no Renatão Ginásio de Esporte, em Santa Rita, atletas, membros da Rede e do Movimento leigo, das Irmãs da Mãe da Misericórdia e familiares que vieram prestigiar o evento, somando assim mais de 100 participantes. 

Cada time tinha um nome ligado ao tema: Denuncie o Tráfico, Disque 100, Juventude comprometida, Sim à Vida, Vida em Missão, etc.