Participamos como Rede
“UM GRITO PELA VIDA”, no último dia
28 de Julho, sexta-feira, do 1º Simpósio Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Seres Humanos, dentro das programações da IX Semana Nacional de mobilização contra esse terrível mal que se apresenta
cada dia mais desafiante em nossa realidade. O evento fez parte da
programação da campanha “Coração Azul”,
iniciada dia 24 de Julho na Câmara Legislativa do estado de São Paulo, com a
participação de autoridades e membros de entidades e movimentos comprometidos
direta ou indiretamente com ações que previnem ou combatem esse tipo de crime
que ameaça a vida e a dignidade de milhares de pessoas em nosso país e em todo
mundo.
Foram momentos, sem dúvidas, de grande partilha de conhecimentos, tomada de consciência e sensibilização
desta triste realidade que atinge um grande número de mulheres, adolescentes e
crianças; migrantes, povos indígenas. Apesar de que ultimamente já se constatam
também casos de homens.
Tanto na abertura, dia
24, como no decorrer de todas as falas no Simpósio ficou bastante claro e
presente a necessidade de um trabalho
conjunto e multidisciplinar envolvendo todos os setores sociais da
comunidade, aproveitando de todas as pequenas e grandes ocasiões para informar,
alertar e prevenir nossas crianças, adolescentes e jovens para não caírem nas
armadilhas muito bem elaboradas por quadrilhas especializadas em transformar sonhos em pesadelos. É um verdadeiro
comércio de seres humanos, onde 21 milhões de pessoas são traficadas por ano em
todo mundo, movimentando 146 milhões de euros, uma verdadeira escravidão
moderna em pleno século 21.
Ir. Eurides Alves de Oliveira |
Entre os painéis
apresentados no simpósio, destaco a participação de Ir. Eurides A. de Oliveira, coordenadora nacional da Rede “Um grito pela vida, que veio de Manaus
especialmente convidada para apresentar
o tema das Rotas ou fluxos que se dá
em todo território Nacional. Pela sua atuação missionária na Amazônia
tem conhecimento e atuação direta. Foi sem dúvida uma belíssima participação,
mesmo porque, juntamente com Pe. Roque
do CENTRO DE APOIO E PASTORAL DO MIGRANTE –CAMI, nos levou a uma
reflexão crítica de toda essa realidade, nos convidando a ouvir atentamente aos
diversos gritos de hoje.
O grito da
exploração sexual, do Trabalho infantil, da remoção de órgãos, das doações
irregulares, do casamento servil, da servidão doméstica, da mendicância, das
atividades ilícitas. E por trás de tudo isso o que está em jogo e precisa
ser defendida com grande responsabilidade e empenho de todos, é a vida humana que se encontra ameaçada e
violada em seus direitos fundamentais. Ir. Eurides ressaltou a preocupação do
Papa Francisco que, mais que um
grande líder de nossa Igreja, fala a todo mundo como ser humano defensor dos
direitos e dignidade humana. Eis as palavras do papa:
“O tráfico de pessoas é um crime contra a humanidade... Faz-se
necessário uma tomada de responsabilidade política mais forte para vencer nesta
frente. Responsabilidade para com os que caíram vítimas do tráfico de pessoas,
para proteger seus direitos, e para garantir a incolumidade de seus familiares,
para evitar que os corruptos e os criminosos se esquivem da justiça e digam a
última palavra sobre as pessoas. Uma intervenção legislativa adequada nos
países de origem transito e chegada, também para facilitar a regularidade das
migrações, pode reduzir o problema."
O Papa ainda insiste: “Isto não pode continuar: é uma grave
violação dos direitos humanos das pessoas vítimas e uma afronta à sua
dignidade, além de uma derrota para a comunidade mundial. Todas as pessoas de
boa vontade, independentemente de professarem uma religião ou não, não podem
permitir que estas mulheres e homens, crianças, sejam tratados como objetos,
enganados e violados, muitas vezes vendidos e revendidos com diferentes fins e,
por fim, assassinados, ou de qualquer forma, prejudicados no corpo e na mente,
e por fim descartados e abandonados. É uma vergonha." (Papa Francisco)
Oxalá possamos a
partir de essas reflexões somar esforços e compromisso mais concretos com esta
causa.
Irs. Cirley e Eliane p/ Núcleo
regional de São Paulo CRB.
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