quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Rede presente no 1º Simpósio Internacional e 2º Estadual de Combate ao Tráfico De Pessoas


A imagem pode conter: 1 pessoaParticipamos como Rede “UM GRITO PELA VIDA”, no último dia 28 de Julho, sexta-feira, do 1º Simpósio Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Seres Humanos, dentro das programações da IX Semana Nacional de mobilização contra esse terrível mal que se apresenta cada dia mais desafiante em nossa realidade. O evento fez parte da programação da campanha “Coração Azul”, iniciada dia 24 de Julho na Câmara Legislativa do estado de São Paulo, com a participação de autoridades e membros de entidades e movimentos comprometidos direta ou indiretamente com ações que previnem ou combatem esse tipo de crime que ameaça a vida e a dignidade de milhares de pessoas em nosso país e em todo mundo. 


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Foram momentos, sem dúvidas, de grande partilha de conhecimentos, tomada de consciência e sensibilização desta triste realidade que atinge um grande número de mulheres, adolescentes e crianças; migrantes, povos indígenas. Apesar de que ultimamente já se constatam também casos de homens.

Tanto na abertura, dia 24, como no decorrer de todas as falas no Simpósio ficou bastante claro e presente a necessidade de um trabalho conjunto e multidisciplinar envolvendo todos os setores sociais da comunidade, aproveitando de todas as pequenas e grandes ocasiões para informar, alertar e prevenir nossas crianças, adolescentes e jovens para não caírem nas armadilhas muito bem elaboradas por quadrilhas especializadas em transformar sonhos em pesadelos. É um verdadeiro comércio de seres humanos, onde 21 milhões de pessoas são traficadas por ano em todo mundo, movimentando 146 milhões de euros, uma verdadeira escravidão moderna em pleno século 21.

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Ir. Eurides Alves de Oliveira
Entre os painéis apresentados no simpósio, destaco a participação de Ir. Eurides A. de Oliveira, coordenadora nacional da Rede “Um grito pela vida, que veio de Manaus especialmente convidada para  apresentar o tema das Rotas ou fluxos que se dá em todo território Nacional. Pela sua atuação missionária na Amazônia tem conhecimento e atuação direta. Foi sem dúvida uma belíssima participação, mesmo porque, juntamente com Pe. Roque  do CENTRO DE APOIO E PASTORAL DO MIGRANTE –CAMI, nos levou a uma reflexão crítica de toda essa realidade, nos convidando a ouvir atentamente aos diversos gritos de hoje. 

O grito da exploração sexual, do Trabalho infantil, da remoção de órgãos, das doações irregulares, do casamento servil, da servidão doméstica, da mendicância, das atividades ilícitas. E por trás de tudo isso o que está em jogo e precisa ser defendida com grande responsabilidade e empenho de todos, é a vida humana que se encontra ameaçada e violada em seus direitos fundamentais. Ir. Eurides ressaltou a preocupação do Papa Francisco que, mais que um grande líder de nossa Igreja, fala a todo mundo como ser humano defensor dos direitos e dignidade humana. Eis as palavras do papa:

O tráfico de pessoas é um crime contra a humanidade... Faz-se necessário uma tomada de responsabilidade política mais forte para vencer nesta frente. Responsabilidade para com os que caíram vítimas do tráfico de pessoas, para proteger seus direitos, e para garantir a incolumidade de seus familiares, para evitar que os corruptos e os criminosos se esquivem da justiça e digam a última palavra sobre as pessoas. Uma intervenção legislativa adequada nos países de origem transito e chegada, também para facilitar a regularidade das migrações, pode reduzir o problema."

O Papa ainda insiste: “Isto não pode continuar: é uma grave violação dos direitos humanos das pessoas vítimas e uma afronta à sua dignidade, além de uma derrota para a comunidade mundial. Todas as pessoas de boa vontade, independentemente de professarem uma religião ou não, não podem permitir que estas mulheres e homens, crianças, sejam tratados como objetos, enganados e violados, muitas vezes vendidos e revendidos com diferentes fins e, por fim, assassinados, ou de qualquer forma, prejudicados no corpo e na mente, e por fim descartados e abandonados. É uma vergonha." (Papa Francisco)

Oxalá possamos a partir de essas reflexões somar esforços e compromisso mais concretos com esta causa.
Irs. Cirley e Eliane p/ Núcleo regional de São Paulo CRB.

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