“O tráfico de pessoas é um crime contra a humanidade.
Temos que unir forças...”. Papa Francisco.
Tecer redes e ampliar parcerias é o que temos feito,
na certeza de unirmos forças para o enfrentamento ao crime do tráfico humano.
Nesta tessitura de novos fios, fomos convidadas pela
Rede Kawsay (Rede de Enfrentamento ao tráfico de Pessoas nos países
bolivarianos) com sede em Lima, Peru para participar do primeiro encontro
nacional, nos dias 30 de maio a 01 de junho que teve como objetivo: Desde o
reconhecimento do valor da pessoa humana e sua dignidade, contribuir e ampliar
conhecimentos sobre o tráfico de pessoas e fortalecer a articulação como rede
nacional da vida religiosa por uma sociedade sem tráfico de pessoas a fim de
realizar um melhor serviço.
Comprometidas com a realidade de enfrentamento ao
tráfico humano na fronteira, onde, desde 2012 foi iniciado um trabalho
sistemático de articulação, sensibilização, formação e incidência política no
enfrentamento a este crime, nesta região do Brasil, Peru e Colômbia, por ser
uma região de maior vulnerabilidade e crescimento constante do narcotráfico e
tráfico de pessoas, lugar de origem e
transito destes crimes, nos motivou a participar do encontro da Vida Religiosa
Consagrada, por uma sociedade sem tráfico de pessoas.
Nesta região fronteiriça é necessário fortalecer o
trabalho em rede para que o enfrentamento a estes crimes seja eficaz. Nossa
participação no encontro nacional foi de fundamental importância para ampliar
esta articulação e socializar o plano de trabalho que está sendo implementado
pela equipe das três fronteiras.
Foram três dias de estudo, onde fomos tecendo e
intercambiando a realidade do tráfico de pessoas no contexto peruano,
brasileiro e colombiano, ampliando a articulação a partir das experiência vivenciadas
nos espaços de missão, na linha da
prevenção, sensibilização e acolhimento as vítimas da violência do tráfico,
potencializando a rede local, regional e internacional de modo especial nas
regiões de fronteira, onde a ausência do estado é permanente, bem como da
igreja e da vida religiosa que é preciso reforçar e priorizar este trabalho.
Durante o encontro os fios foram sendo tecidos, os nós
amarrados através dos planos de cada região, com ações comuns concretas, na
certeza do fortalecimento e abrangência das atividades de enfrentamento ao
tráfico de pessoas que viola a vida em sua dignidade.
Para nós, foi uma riqueza compartir nosso trabalho e
nos apropriarmos da realidade peruana, onde percebemos que a violação da vida
tem características comuns, voltamos cheias de esperanças e animadas, para a
continuidade do trabalho em rede, na certeza de que somos partes desta
tessitura internacional.
Irmãs Miriam Spezia e Roselei Bertoldo.
Rede Um Grito Pela VidaIrmãs Miriam Spezia e Roselei Bertoldo.
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