Celebramos o dia das mulheres agregando a luta por direitos e nos manifestando contra as injustiças sociais vividas no Brasil atual. Nós, mulheres, como grande parte do povo brasileiro, estamos indignadas com este governo que prioriza os interesses do sistema capitalista neoliberal e dele próprio e, em consequência, se propõe a retirar arbitrariamente os direitos de cidadãos e cidadãs brasileiros/as, conquistados e consagrados pela Constituição do país.
Com este
objetivo de reivindicação dos direitos, sobretudo, da aposentadoria, inúmeras
pessoas e organizações fizeram manifestações em diferentes pontos da grande São
Paulo visando derrubar a PEC 287, que tem uma proposta de reforma previdenciária
em favor dos interesses políticos e econômicos; por exemplo, em favor do empresariado
aliado do atual Governo Temer.
A Rede um
Grito pela Vida também esteve presente somando-se a esta luta por direitos que afeta particularmente a nós mulheres. Marcaram presença: Ir.
Eliane Matos (Congregação da Divina Vontade) e Ir. Manuela Rodríguez Piñeres das
Oblatas do Santíssimo Redentor (OSR). Nos manifestamos com alguns
gritos de guerra:
“A aposentadoria fica, Temer vai”. Este grito, entre outros, ecoou ainda mais alto, somando com grupos parceiros como o Projeto Antonia, das
Irmãs Oblatas do Santíssimo Redentor, e a Pastoral da Mulher Marginalizada.
A
concentração iniciou-se às 14 horas, na Praça da Sé, em frente à Catedral. A
Praça foi se enchendo gradativamente com grupos, organizações e pessoas das mais
diversas partes, ressaltando a cor lilás que nos traz a memória do tecido que estavam
costurando as mulheres que foram queimadas em uma fábrica de tecidos da Nova
Iorque, no ano 1911. As
mortes ocorreram em função das precárias condições de segurança no local. Como
reação, o fato trágico provocou várias mudanças nas leis trabalhistas e de
segurança de trabalho, gerando melhores condições para as trabalhadoras
norte-americanas.
No dia 08, iniciou-se
em São Paulo e em todo o Brasil, uma série de protestos e manifestações contra propostas antidemocráticas, de um governo que quer soterrar os diretos
trabalhistas e previdenciários de cidadãos e cidadãs do Brasil. Propostas bem
contrárias às melhores condições laborais, conseguidas por as trabalhadoras
norte-americanas nessa época dos 1911.
Dando
continuidade às manifestações do povo, iniciadas o dia 15 de março, também houve uma
greve geral com impacto contundente, embora as mídias, que servem ao
sistema capitalista e a estes governantes que o reproduzem, não mostraram a
magnitude e as dimensões que teve esta mobilização.
Vamos em frente nesta luta que não pode parar. E caminhemos sem deter os nossos
passos, “de esperança em esperança”,
acreditando firmemente que o nosso horizonte, são os “céus novos e a terra nova”, neste compromisso de enfrentar o
tráfico de pessoas e gritar, sempre que for necessário, pela vida ameaçada de
tantos seres humanos do Brasil e de todo o planeta terra.
Ir. Manuela
Rodríguez Piñeres (OSR)
Rede Um grito pela Vida - Núcleo SP
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