terça-feira, 5 de março de 2013

RS: A Rede participa do Seminário da MH


A complexidade do fenômeno da migração foi debatida em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, com a realização do 1° Seminário de Mobilidade Humana. O encontro teve como tema: “Tendências e desafios no Brasil e no Rio Grande do Sul”. A Rede Um Grito Pela Vida, que integra o Fórum Permanente da Mobilidade Humana/RS participou como co-promotora do evento.

Irmã Eurides Alves de Oliveira, representante da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB Nacional) na rede intercongregacional Um Grito Pela Vida, explanou sobre  o Tráfico de Pessoas no painel "Fluxos atuais da Mobilidade Humana no RS”. A religiosa ICM  abordou a realidade do Tráfico de Pessoas e  os impactos dessa rentável modalidade de crime.

Irmã Eurides afirmou que o Tráfico de Pessoas se apresenta como uma interface relevante do fenômeno da Mobilidade humana. Que “ao longo da história, os contextos da mobilidade humana e a mercantilização dos seres humanos para fins de exploração e lucro ilícito, tem tido estreita relação. Salientando que embora, migrar, ir e vir de um lugar para o outro com liberdade, seja um de direito, que deve ser preservado e garantido a toda pessoa, no sistema capitalista centrado na economia de mercado, o movimento humano é concebido como ameaça a estabilidade ou como mecanismo de obtenção de lucro, através da comercialização e exploração do corpo e da força de trabalho de milhares de mulheres e homens. Fator que se caracteriza e dá moldura a rede criminosa e altamente lucrativa do tráfico de pessoas.” Esclareceu pontos fundamentais que caracterizam este grave problema no contexto brasileiro e no Rio Grande do Sul, que como um estado fronteiriço possui uma singularidade para o tráfico de pessoas ligado ao turismo sexual.

nesta ocasião Irmã Eurides também apresentou a Rede Um grito Pela Vida, iniciativa intercongregacional da Conferência dos Religiosos/as do Brasil, CRB Nacional e integrante da Talitakun - a Rede internacional da Vida Religiosa no enfrentamento ao Tráfico Humano, coordenada pela UISG – União Internacional das superioras Maiores.

“Religiosas de várias Congregações têm nas últimas décadas, assumido mundialmente, a luta pela erradicação do tráfico de pessoas, como um campo de atuação missionária. Um espaço e causa de fronteira na qual Deus a impele a reagir e agir com solicitude e audácia profética. Sensibilizar e socializar informações sobre o Tráfico de Seres Humanos; capacitar multiplicadores, multiplicadoras para ações educativas de prevenção,assistência e incidência política na luta por políticas públicas de enfrentamento desta realidade.
O ponto alto do Seminário foi a composição do Comitê Rio Grande do Sul para migrantes, refugiados, apátridas e vítimas do tráfico de pessoas - COMIRAT com o objetivo de Incluir refugiados, migrantes e apátridas em políticas públicas, produzir conhecimento sobre estes temas e elaborar um plano de ação para estas populações e também para as vítimas do tráfico de pessoas.

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