Terminou nesta sexta-feira (21) o 7º Encontro Internacional sobre Migração e Tráfico de Pessoas na América Latina. O encontro, organizado pela Fundação Memorial da América Latina e o Instituto Latino-Americano de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, estava acontecendo na Biblioteca Latino-americana Victor Civita em São Paulo (Brasil) com a participação de acadêmicos, religiosos, leigos, operadores da justiça para o tema do tráfico de pessoas, entre outros interessados.
Foram temas da programação neste último dia "O Protagonismo da Sociedade Civil no Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Brasil e América Latina", "O Papel Político-Pedagógico da Mídia no Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas no Brasil e América Latina", "As Experiências Internacionais de Migração e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas: Um Paralelo com a América Latina" e "Migração e Tráfico de Travestis e Transexuais: Enfrentamento à Exploração Sexual e Proteção aos Direitos da Diversidade Sexual".
Anália Ribeiro, diretora do departamento de Políticas Públicas da América Latina do Instituto Latino Americano de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (Iladh), acompanha a realização deste encontro desde sua primeira edição. Para ela, este encontro se destacou frente aos outros realizados anteriormente.
"O 7º Encontro é um marco do ponto de vista da qualidade. Este momento deu mais visibilidade ao tema, gerou dados e informações mais precisas, vasto material acadêmico e serviu também para estimular os Estados a agirem e a promoverem a integração de ações. Foi também uma oportunidade para mostrar a ineficiência que ainda persiste da rede integral de atenção às vítimas", destacou.
Anália também chamou atenção para um tema discutido no primeiro dia do Encontro, o 2º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. Ela, assim como outros atores sociais ativas na luta contra o tráfico de seres humanos, estão ansiosos pela divulgação e concretização desta ferramenta.
"A sociedade civil, movimentos sociais, operadores da justiça para o tema do tráfico de pessoas e demais envolvidos com o tema estão torcendo para que haja logo a implementação do II Plano. Sabemos que não existe vontade política para que o plano seja desengavetado, visto que está na Casa Civil e na Presidência. Houve um esforço conjunto para a construção do plano, por isso queremos a implantação deste mecanismo que avança em vários aspectos em comparação ao primeiro".
Balanço - O 7º Encontro Internacional sobre Migração e Tráfico de Pessoas na América Latina reuniu cerca de 200 pessoas. Além dos participantes da Colômbia, Bolívia, Peru, El Salvador, Equador e demais países da América Latina também houve a presença de atores sociais que lutam contra o tráfico de pessoas no Canadá, Estados Unidos, Itália, Camboja, além de outros países da Ásia e Europa.
Participaram estudiosos, pesquisadores do tema, pessoas que desenvolvem trabalhos na área, religiosos, leigos, operadores da justiça para o tema do tráfico de pessoas e representantes da diversidade sexual, segundo acrescentou Anália.
A diretora do departamento de Políticas Públicas do Instituto Latino Americano considerou o encontro um exercício para de fato se formar agentes multiplicadores mais capacitados sobre a temática.
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